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Audiência sobre complementação no PCS acontece dia 3

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 
"Mais uma vez o presidente da Codesp, Alex Oliva, deu uma barrigada". Para quem não se lembra, a frase abriu o texto publicado no portal do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), edição do dia 22 de junho passado, sob o título "Sindicato participa de reunião no MPT sobre complementação de aposentadoria". E ao que tudo indica, passados pouco mais de três meses daquela publicação virtual, o mandatário da estatal portuária parece mesmo ter se especializado na arte da delonga utilizando a pança como instrumento de negociação.
 
Um pouco antes, em 04 de maio, outra nota veiculada no mesmo site motivou a atenção com a seguinte chamada: "Parecer Jurídico da Codesp reconhece direito dos aposentados com complementação a terem os reflexos dos planos de cargos e salários". Nela, Alex Oliva estabelece o prazo de 30 dias para  examinar os reenquadramentos feitos pela empresa visando a posterior apresentação de proposta para o pagamento de forma parcelada, o que acabou não acontecendo.
 
Findo o prazo inicialmente ajustado, o silêncio da Codesp levou a direção da empresa a solicitar a prorrogação por idêntico período para a apresentação dos exames e da tão aguardada proposta, o que mais uma vez não aconteceu, para frustração dos companheiros que penduraram as chuteiras na estatal. 
 
Desta forma, diante da segunda barrigada de Alex Oliva e de um silêncio que aos poucos vai se revelando cada vez mais ensurdecedor para os aposentados na Codesp, a direção do Sindaport se viu obrigada a acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) requerendo o agendamento de uma nova audiência com os representantes da empresa objetivando a retomada do tema.
 
Atento à relevância do tema e talvez preocupado com seus desdobramentos junto aos doqueiros inativos, o sempre competente Procurador do Trabalho, Rodrigo Lestrade Pedroso, designou o encontro para a próxima segunda-feira (03), às 14h30.
 
Na avaliação do presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, a direção da Codesp não vem dando a devida atenção que o caso requer. "Sabemos da complexidade e de todas as dificuldades que envolvem a questão, mas a empresa não pode simplesmente se calar diante dos compromissos assumidos com a categoria e com as lideranças sindicais, e principalmente com as autoridades constituídas, que são os próprios procuradores do MPT".
 
Segundo o dirigente, a Codesp até o momento não estimou nenhum valor na peça orçamentária de 2017 para pagamento dos aposentados com direito a complementação em face das diferenças geradas por planos de cargos e salários implementados nos últimos anos. "Criou-se uma grande expectativa não apenas pelo parecer favorável emitido pelo setor jurídico da companhia, mas principalmente pelas manifestações extremamente otimistas do presidente Oliva, mas apesar disso não estamos vendo nenhum avanço".
 
Capitaneada pelo Sindaport, as tratativas envolvem ainda os aposentados representados pelo Sindicato dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras (Sindogeesp), presidido por Guilherme do Amaral Távora,  bem como os do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), liderado por Claudiomiro Machado, e a Associação dos Participantes do Portus (APP/Santos), que tem a frente o combativo Odair Augusto de Oliveira. "Quero acreditar que as duas barrigadas do presidente Oliva foram propositais e estratégicas apenas para ele ganhar tempo e nos apresentar algo de concreto, e por isso ainda estamos confiantes", concluiu Cirino. 
 

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