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Encontro Porto & Mar debate a cabotagem em Santos

Fonte: A Tribuna On-line
 
Evento é na próxima quarta-feira
 
Debater os desdobramentos da chamada BR do Mar, sancionada em 2022 e que trata do incentivo à navegação de cabotagem (realizada entre portos do País), bem como os desafios e limitações para alavancar o setor. Esse é o objetivo do 1º Encontro Porto & Mar 2024, marcado para a próxima quarta-feira, no auditório da Receita Federal, em Santos (Avenida Bernardino de Campos, 17).
 
O evento, a partir das 14 horas, terá duas palestras. A primeira, com o tema O Brasil, a Descarbonização e as Portas para a Transição Global, será feita pela diretora-executiva do Instituto E+ Transição Energética, Rosana Santos. Já a outra, Cabotagem - O que o Governo Espera do Mercado?, ficará a cargo do novo secretário nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes Dias Batista.
 
Na sequência, serão realizados dois painéis: o primeiro, O Futuro da Navegação no Brasil, contará autoridades e empresários do setor.
 
“Estamos no terceiro navio entrando agora no regime de BR do Mar. Temos aproveitado para fazer o que é justamente o intuito da lei, que a capacidade dos armadores brasileiros ou de novos entrantes realmente cresça. Acho que o objetivo principal foi atingido nesse sentido”, afirma o vice-presidente da Log-in Logística Intermodal, Marcos Voloch, que participará do painel.
 
Para ele, ainda existe muita burocracia para o segmento. “Tem alguns pontos da BR do Mar que precisam ser vistos, como a questão do navio com tripulação internacional. Isso ainda não foi regulamentado e, por isso, permanece um ponto de interrogação”.
 
Já o diretor da Costa Brasil, Marcio Salmi, crê que a cabotagem brasileira tem muito a crescer quando analisada sua baixa representatividade na matriz de transporte por contêiner, de apenas 1%.
 
“A BR do Mar visa estimular sua expansão através de um conjunto de medidas. A principal é a facilidade na ampliação da frota de navios. Já temos resultados nesse sentido, com o acréscimo de capacidade por parte dos armadores brasileiros existentes, bem como a chegada de um novo player. O Encontro Porto & Mar será importante para trazer o debate com interlocutores do setor”, aponta.
 
Colunistas
 
No segundo painel do evento, acontecerá o Debate com Especialistas - Perguntas e Respostas, com a participação de colunistas do segmento portuário do Jornal A Tribuna, que também debaterão aspectos da cabotagem.
 
“A matriz modal nacional continua, há 20 anos, com 60% predominantemente rodoviário, sendo que o Brasil não avançou nesse período na malha rodoviária, permanecendo na faixa dos 12,4% de estradas pavimentadas. Isso se traduz num enorme custo e ineficiência logística que pode ser transformada com o incremento do modal aquaviário, onde a BR do Mar incentiva e facilita o acesso”, avalia o executivo do mercado portuário, mentor e consultor Roberto Teller.
 
Já o economista Roberto Paveck, especializado no setor, acredita que a nomeação de um secretário de Hidrovias pelo Governo Federal reflete o reconhecimento da importância estratégica das hidrovias e da cabotagem para o desenvolvimento econômico e logístico do País.
 
“Essa iniciativa pode facilitar a criação políticas e medidas direcionadas para melhorar a infraestrutura hidroviária, bem como simplificar regulamentações e estimular investimentos no setor. Espera-se, ainda, que a secretaria seja um importante canal para receber demandas e propostas do setor, facilitando o diálogo entre o governo e os atores envolvidos na cabotagem e nas hidrovias”, reforça.
 
Receita Federal
 
O Encontro Porto & Mar deixa, desta vez, a sede do Grupo Tribuna para ser realizado no auditório da Receita Federal. Com capacidade para 200 pessoas, o espaço receberá um evento que consolida a relação com um importante personagem do ecossistema marítimo-portuário.
 
“Fizemos o Summit Direito Marítimo com a participação de cinco autoridades da Alfândega de Santos, reforçando essa relação institucional do Grupo Tribuna com grandes protagonistas do setor portuário, sejam eles em diferentes esferas de governo ou ainda do setor privado, fazendo com que, cada vez mais, a gente possa aproximar todos os players”, explica o consultor para assuntos portuários do Grupo Tribuna, Maxwell Rodrigues.
 
Já o diretor Comercial do Grupo Tribuna, Demetrio Amono, lembra que o espaço maior permitirá atender à demanda crescente dos eventos ligados ao porto.
 
“Para nós, foi uma surpresa muito positiva receber esse convite, que aceitamos prontamente. Também nos oferece a possibilidade de ter um público ainda maior, o que nos permite ampliar o número de convidados”, explica.
 
Relevância e credibilidade
 
Maxwell Rodrigues, que também é apresentador do programa Porto 360°, da TV Tribuna, acredita que o debate sobre navegação de cabotagem é extremamente válido e necessário.
 
“O transporte doméstico pode impulsionar não só a indústria nacional, mas também fomentar o desenvolvimento do País, com uma nova matriz de transporte”, diz ele.
 
Demetrio Amono vai na mesma linha. “A questão da cabotagem é importante para o escoamento das mercadorias e tem tudo a ver com a agenda ESG, especialmente no meio ambiente. Quanto mais tiver incremento do transporte aquaviário, mais serão retirados caminhões das estradas, trabalhando também a questão da descarbonização”.
 
Parcerias fortes
 
Amono acrescenta, ainda, que o número cada vez maior de empresas parceiras nas iniciativas de porto do Grupo Tribuna reforça a credibilidade no trabalho desempenhado pela empresa.
 
“Isso é fruto do que a gente vem construindo nos últimos anos, da nossa preocupação em trabalhar, cada vez mais, uma agenda técnica, que seja relevante para nossos parceiros e apoiadores”.
 
Um exemplo disso, diz o diretor Comercial, está nas viagens, nas missões internacionais. “A cada ano a gente vem superando as expectativas. Isso faz com que nossos clientes sejam fidelizados, continuem acreditando. E também atrai novos parceiros, que querem participar disso conosco”, finaliza.
 

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