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Transporte de cargas está no radar do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá

Fonte: A Tribuna On-line
 
Obras na Base Aérea de Santos já começaram. Local recebeu visita do ministro Silvio Costa Filho nesta segunda (11)
 
O início das obras da primeira fase do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá chama atenção aos benefícios logísticos que o modal pode oferecer à Baixada Santista. O transporte de carga pelo espaço localizado na Base Aérea de Santos ainda está longe de “taxiar na pista”, mas pode, em breve, acessar o “salão de embarque” da atividade portuária. Nesta segunda (11), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o local e celebrou o empreendimento e suas vantagens ao Porto de Santos.
 
“Na hora que o avião pousa, a cidade decola. Esse equipamento será muito importante para ajudar o desenvolvimento do turismo, mas, sobretudo, para fomentar novos negócios para o Porto de Santos”, disse o ministro.
 
De acordo com a Prefeitura de Guarujá, segundo planejamento de desenvolvimento aeroportuário da Infraero, o Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá “estará apto a processar carga aérea a partir de sua homologação, conforme sua capacidade implantada, podendo ser, gradualmente, ampliada de forma alinhada com a demanda identificada pelos operadores logísticos, limitado a aeronaves de pequeno porte”.
 
Vantagens
 
O prefeito Válter Suman (PSDB) entende a possibilidade como “vantajosa para cargas de alto valor agregado, pois é rápida, segura e eficiente”. “Essas cargas são caras e exigem cuidados especiais. O País precisa investir em infraestrutura aeroportuária para atender a demanda por esse tipo de transporte. Isso ajudará o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, destaca.
 
Aproveitamento
 
Consultor da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), Paulo Roberto Guedes, acredita que a proximidade com o Porto de Santos é decisiva para uma conexão consistente e com ganho logístico para o transporte.
 
“A anuência de concessão do Aeroporto de Guarujá, assim como a autorização para que se realizasse licitação específica para o terminal a favor da iniciativa privada, foi assinada em 2019. E, já na época, vislumbrava-se a que as contribuições para a economia da região e de toda a Baixada Santista seriam enormes. É claro que essa iniciativa não ocorreu apenas em função do potencial turístico que tem a região, mas também do econômico, já que o maior porto da América do Sul, está aqui”, pondera.
 
Segundo ele, além do Aeroporto do Guarujá, há também um conjunto de obras que se complementam. “Além de melhorar a vida das pessoas que moram na região e dinamizar todas as demais atividades econômicas locais, ainda contribuirão para que as operações logísticas e de transporte sejam realizadas com mais eficiência e menores custos”.
 
Guedes acredita que fazem parte de um pacote de obras importantes para a logística a construção do túnel imerso que unirá Santos ao Guarujá, o túnel que ligará as zonas Leste e Noroeste de Santos, o viaduto da Alemoa, a expansão e adequação das rodovias federais que chegam ao Porto e a ampliação da malha ferroviária.
 
Além disso, ele cita a melhoria e a expansão das rodovias que chegam até o cais santista, bem como os programas de desestatização, não só das áreas portuárias, mas também quando direcionado à grande parte da cadeia logística e de infraestrutura existentes.
 
Cautela
 
Mesmo com o discurso otimista de Costa Filho, ontem, a Autoridade Portuária de Santos (APS) ainda analisa esse panorama com cautela. “No momento não há expectativa nesse sentido de uso do aeroporto para cargas. Mas, no futuro, tal possibilidade pode vir a ser objeto de um eventual estudo de viabilidade”, diz a estatal.
 

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