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Colunistas de A Tribuna falam sobre estudos para terceira pista da Rodovia dos Imigrantes; vídeo

Fonte: A Tribuna On-line
 
Projeto autorizado pelo Governo de São Paulo deve beneficiar chegada de cargas ao Porto de Santos
 
O Governo de São Paulo autorizou a concessionária Ecovias a realizar os estudos necessários para formatar o projeto da terceira pista da Rodovia dos Imigrantes. A via é uma solução logística aos gargalos no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) e deverá proporcionar fluidez aos caminhões de carga que acessam o Porto de Santos. A autorização já foi oficiada à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
 
A Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos (SPI) determinou, em ofício, que seja incorporada ao contrato de concessão e atribuída à concessionária Ecovias, mediante futuro reequilíbrio contratual, a responsabilidade pela elaboração de estudos de tráfego e dos projetos funcional e executivo que são necessários à construção e implantação da terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, no trecho da Serra do Mar.
 
Os estudos para os projetos funcional e básico incluem avaliações topográficas, sondagens e investigações geológicas e hidrogeológicas. Além disso, também deverão ser produzidos e aprovados estudos de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) para deliberação dos órgãos competentes. O prazo de conclusão do estudo é de 24 meses, prorrogáveis por mais 12 meses.
 
A futura ligação entre o Planalto e a Baixada Santista visa ampliar a capacidade do SAI, tendo como premissa a busca por um traçado que agregue, simultaneamente, o atendimento aos fluxos de tráfego, inclusive ônibus e caminhões, e seja adequado às condicionantes ambientais.
 
O assunto interessa diretamente à economia, pois uma terceira pista para a região é muito cobrada para facilitar o transporte de cargas para o Porto de Santos e, por consequência, minimizar os congestionamentos. Diante da importância do tema, os colunistas de Porto & Mar, de A Tribuna, expuseram seus pontos de vista.
 
Angelino Caputo, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra)
 
“A autorização para a realização dos estudos é uma notícia positiva e rompe uma inércia decisória que antecede a obra em si. O prazo anunciado de até 36 meses parece excessivo, pois acredito que a própria concessionária já deve ter algum estudo preliminar, pois essa discussão não surgiu agora. Mas como os estudos incluem avaliação topográfica, sondagens, investigações geológicas e hidrológicas, além de levantamentos e relatórios de impacto ambiental, pode sim ser necessário esse tempo todo. O fato é que os acessos terrestres em direção ao Porto de Santos já estão estrangulados hoje. Agora é torcer para que não fiquemos só na autorização para os estudos, mas que eles realmente se iniciem e o mais importante: que as obras venham logo na sequência”
 
Luis Claudio Santana Montenegro, engenheiro civil e mestre em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia
 
“Recentemente, iniciei uma análise sobre o potencial crescimento do Porto de Santos até 2060 e cheguei a um resultado que se aproxima de 1 bilhão de toneladas daqui a 36 anos. Isso significa que o potencial crescimento do Porto de Santos nunca estará limitado ao crescimento econômico da sua área de influência, mas sim à capacidade da sua infraestrutura, principalmente dos seus acessos. Porém, é importantíssimo destacar que qualquer nova infraestrutura a ser implantada estará imediatamente sobrecarregada se não houver o suporte de um sistema coordenado de acesso. Em síntese, a iniciativa de uma nova obra só funcionará se estiver plenamente associada a um modelo de gestão sistêmica integrada da logística de movimentação de cargas ao Porto. Caso contrário, qualquer nova infraestrutura estará sobrecarregada antes mesmo de ficar pronta”
 
Caio Morel, diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres (Abratec)
 
“É excelente, em todos os aspectos, a decisão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em autorizar a Ecorodovias a realizar estudos para a implementação da terceira pista de ligação entre a Baixada Santista e o Planalto Paulista. Uma obra indispensável, tanto para o bem-estar das comunidades que habitam a Baixada Santista como para o crescimento sustentável do Porto de Santos, que tem como fator limitante justamente a atual configuração de seus acessos terrestre e aquaviário. Já temos também a decisão de promover tempestivamente o aprofundamento do canal de acesso ao porto para 17 metros, uma providência a cargo do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Autoridade Portuária de Santos (APS). O setor portuário acredita que, com a decisão tomada pelos formuladores da política e detentores das verbas orçamentárias, estas obras poderão ser realizadas com eficiência e presteza, promovendo o crescimento das operações em sustento da atividade econômica do Estado de São Paulo, máquina motriz de nosso País, representando 31% do PIB nacional. Destaca-se ainda a decisão de outorgar à Ecorodovias a elaboração do estudo, que poderá canalizar o investimento para a iniciativa privada, mediante reequilíbrio do contrato de concessão, conferindo maior eficiência e menores riscos ao projeto, afastando os conhecidos problemas que afetam a realização de obras públicas. Investimentos públicos privados mediante reequilíbrio contratual têm se caracterizado como uma excelente alternativa para a execução de obras de infraestrutura que suportem o crescimento econômico”


 

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