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Operação da GLO não deve impactar comércio exterior no Porto de Santos
Fonte: A Tribuna On-line
Especialistas, no entanto, acreditam que poderá gerar algum atraso no desembaraço aduaneiro
Deflagrada na última segunda-feira, a Operação Lais de Guia, da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), decretada pelo Governo Federal, não deve afetar as exportações e importações no Porto de Santos, mas poderá gerar algum atraso no desembaraço aduaneiro, segundo especialistas. A ação é executada por 535 fuzileiros navais, com o objetivo de combater o tráfico internacional de drogas e de armas, entre outras atividades ilícitas.
Advogado especialista em Direito Marítimo, Larry Carvalho afirma que “os portos e aeroportos brasileiros escoam para a Europa drogas produzidas na América Latina”. Segundo ele, com a GLO, ocorrerá uma fiscalização mais detalhada das mercadorias e navios no País. “O que pode gerar maior demora na liberação de mercadorias, e, assim, maior aumento do custo logístico”.
Especializado em Governança Corporativa, o advogado Emanuel Pessoa entende que não é papel das Forças Armadas exercer o policiamento, de forma que a GLO é para situações efetivamente necessárias. “O melhor seria equipar as polícias, dar condições de trabalho e mudar a sistemática de julgamentos para assegurar celeridade”.
Emanuel não acredita que a operação vá atrapalhar o comércio marítimo, já que a ideia não é interferir no trabalho da Alfândega, mas reforçar a presença de militares para coibir crimes. “Tudo vai depender do quanto eles irão interferir nas operações diárias do Porto”.
O coordenador do curso de Direito da Esamc Santos, Edison Santana, analisa que a operação “em nada afetará às exportações e importações, porque os respectivos contratos internacionais já estão há muito celebrados”.
Santana diz que a “operação jamais substituirá o trabalho de inteligência da Polícia Federal (PF)”.
Inspeção de caminhões
Desde que a Operação Lais de Guia foi deflagrada, os fuzileiros navais estão inspecionando caminhões no bairro industrial Alemoa, pedindo documentos aos motoristas.
Procurado, o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral (Sindisan), informou que toda ação que vise intensificar a segurança é bem-vinda. Porém, o Sindisan afirma que a categoria vem sendo prejudicada por conta de obras e acidentes.
“Existe uma preocupação de que algumas ações possam piorar esse cenário, comprometendo ainda mais as atividades de transporte”.
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