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Hub de inovação: projeto em Santos busca soluções aos setores portuário e industrial
Fonte: A Tribuna On-line
Prefeitura e Ciesp-Santos estão à procura de parceria para tirar do papel complexo de inovação
Um hub de inovação para trazer soluções tecnológicas que facilitem o cotidiano de empresas nos ramos da indústria, automação e mecanização, logística, e-commerce, trading, direito, engenharia, comércio exterior e negócios portuários. Este é o foco de um projeto regional que atrai os olhares da Prefeitura de Santos e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Santos (Ciesp-Santos). Entre os objetivos, estão o aumento de eficiência, uma maior produtividade e ganhos em rentabilidade.
No ano passado, a Administração Municipal e a entidade do segmento industrial chegaram a anunciar, em 16 de fevereiro, a criação do Complexo de Inovação Porto-Indústria (Coinpi) em Santos. A assinatura do termo de cooperação para o hub de inovação aconteceu no Paço Municipal, mas um dos pilares da proposta, a Áurea Innovation Finance, não atua mais nesse setor.
A então holding de investimentos e de desenvolvimento da inovação previa investir cerca de R$ 2 milhões na fase inicial do Coinpi, como A Tribuna mostrou em 2022. Um chamamento com essa finalidade chegou a ser aberto, com duração até o fim de março do ano passado. Procurada para comentar a respeito do que aconteceu para a iniciativa não progredir, a Áurea não foi encontrada pela Reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que está reavaliando o termo de cooperação para o desenvolvimento do projeto e que segue em busca de novas parcerias para viabilizar o espaço e impulsionar o desenvolvimento de startups voltadas para soluções tecnológicas nos setores da indústria, logística e Porto, assim como um local adequado para a iniciativa.
A Administração destacou a equipagem do Parque Tecnológico de Santos dentro destas ações. Em maio, A Tribuna esteve no prédio de sete andares, entregue em outubro de 2020 e construído em parte do terreno do antigo Colégio Santista, no Bairro Vila Nova.
Apenas um andar, o 6º, apresentava ocupação desde o início: um laboratório de logística e mobilidade, uma sala para coworking - em que espaço e recursos são compartilhados para o trabalho de várias empresas - e a administração.
Os outros andares estão em obras - e que encontram-se em estágio avançado, segundo A Tribuna apurou, com previsão mantida para o segundo semestre - ou aguardando por alguém que se interesse por eles.
Além disso, a Prefeitura acrescentou que continua em conversas com o Ciesp-Santos e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para explorar possíveis parcerias e colaborações no desenvolvimento do setor, “estimulando a inovação e o crescimento econômico local”.
Já o Ciesp-Santos, também em nota, respondeu na mesma linha da Prefeitura: “A diretoria regional do Ciesp-Santos informa que está avaliando junto com a Prefeitura novos termos de cooperação, uma vez que a Áurea Innovation Finance não atua mais nesse segmento”.
SAIBA MAIS
O que são?
Os hubs de inovação são espaços que vêm crescendo nos últimos anos no Brasil e no mundo. Eles trazem diversos benefícios ao ecossistema de inovação e às grandes corporações. Podem ser resumidos como ambientes baseados na filosofia da inovação aberta, ou seja, que buscam, por meio da colaboração, gerar oportunidades de parcerias bem sucedidas para o desenvolvimento de soluções inovadoras.
Quais as vantagens?
Eles integram e estimulam a interação entre diversos atores de um ecossistema de inovação como startups, empresas, instituições de ensino e pesquisa, além de investidores. Todos em um ambiente que favorece o networking e as conexões para gerar negócios inovadores. Esses ambientes não se limitam a espaços físicos. Eles também podem ser formatados em plataformas virtuais, conectando instituições, independentemente da localização física.
Como funcionam?
O modelo de hub de inovação, regra geral, envolve a cooperação entre o poder público, grandes empresas e startups. Assim, o poder público gera mecanismos de incentivo – por exemplo, investimentos em infraestrutura ou leis de apoio à ocupação de áreas degradadas – em troca de vantagens fiscais. As empresas investem e as startups se instalam no hub. Forma-se, então, um ambiente colaborativo, capaz de aproximar todos os elementos das cadeias produtivas de inovação.
Quais os avanços?
A disseminação do conhecimento, empreendedorismo e tecnologias, seja através de cursos, workshops e palestras, ministrados inclusive pelas próprias startups que fazem parte do hub, são alguns pontos. Muitos hubs contam com a estrutura de laboratórios e recursos para experimentação e a construção de protótipos. Alguns contam, ainda, com a presença de incubadoras e aceleradoras, que são instituições com foco no apoio a startups.
O que é extraído?
Startups e empreendedores se beneficiam da visibilidade e atração de investidores e parceiros, que podem fazer seu negócio alavancar. Já grandes empresas se valem da aproximação de soluções tecnológicas, seja para suas demandas internas ou de seus clientes. Por sua vez, os investidores dessa área se beneficiam do acesso a novas soluções com grande potencial de retorno. Os hubs de inovação funcionam como uma porta de entrada para quem deseja se inserir no ecossistema de inovação.
Como é o mercado?
Algumas corporações brasileiras criaram seus próprios hubs de inovação, em busca de colaboração externa e para encontrar novas soluções e tecnologias para os seus problemas.
Fonte: Sebrae
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