Fonte: A Tribuna On-line

 

Assunto foi debatido no painel do Summit Antaq, evento que ocorreu nesta quinta-feira (23)

 

A concessão de serviços e infraestrutura que são essenciais nas operações portuárias à iniciativa privada, como a dragagem e o canal de navegação de um porto, foi a tônica do painel Construindo a excelência na gestão portuária, no Summit Antaq 2023, ocorrido nesta quinta-feira (23), em Santos. O evento foi promovido pelo Grupo Tribuna, no novo terminal da Eldorado Brasil Celulose, na Margem Direita do Porto de Santos.

 

O debate teve a mediação do empresário e apresentador do programa Porto 360°, da TV Tribuna, Maxwell Rodrigues, que questionou junto aos convidados sobre a relação entre a gestão privada e a eficiência operacional nos portos brasileiros.

 

Com a palavra, a secretária nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Mariana Pescatori, que em breve será nomeada secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, destacou a sinergia com a Infra S.A.

 

“A Infra S.A. é fundamental para construir os nossos projetos, é parceira. Agora, atua com as concessões de dragagem, inclusive, a do Porto de Paranaguá foi modelada pela Infra S.A., e todos os EVTEAs (Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) de arrendamentos”, disse Mariana Pescatori ao se dirigir ao diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos.

 

A secretária dirigiu-se também a Alexandre Barreto, superintendente geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, observando que sua equipe tem discutido sobre a necessidade de ter uma visão concorrencial nas análises de projetos, assim como procede o Cade.

 

“Tivemos audiência na semana passada sobre a concessão do canal de acesso de Paranaguá e eu acho que esse é um caminho que a gente vai percorrer. Fazer as concessões parciais e, por óbvio, em cada um dos portos, a gente vai ter uma modelagem distinta”, afirmou a secretária.

 

Quanto à concessão privada do canal aquaviário do Porto de Santos, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, destacou: “É uma vontade também do Porto Santos oferecer previsibilidade para as operações portuárias”.

 

Complementando, Pomini reiterou sobre a concessão da dragagem do canal do complexo portuário santista a um operador privado e por meio de um contrato de longo prazo.

 

“A dragagem é o principal serviço que é prestado pela Autoridade Portuária e nós trabalhamos sobre o modelo de PPP (parceria público-privada). Eu sou defensor do maior prazo possível, podendo chegar até 35 anos. Com isso, a gente já tem o segundo princípio que é o da economicidade, que é a previsibilidade para o mercado”.

 

Hidrovias

 

Por fim, o diretor-presidente da Infra S.A,, Jorge Bastos, disse que a companhia está trabalhando na viabilização da primeira concessão hidroviária do País. “A hidrovia é fundamental para o País e nós estamos trabalhando na hidrovia do Rio Paraguai”.