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22/11/2023 - 17h09

Pera ferroviária do Porto de Santos está prevista para 2026


Fonte: A Tribuna On-line
 
Pátio circular possibilitará o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem
 
Solução logística estratégica, a construção da pera ferroviária começa a tomar forma. A infraestrutura será erguida pela nova cessionária privada da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips) em uma área atualmente ocupada pelo terminal da Marimex. O canteiro de obras já está sendo instalado na altura do Canal do Mercado e a conclusão é prevista para o início de 2026.
 
A pera ferroviária consiste em um pátio circular que possibilitará o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem. Para a construção da estrutura, a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Marimex assinaram um acordo que estabelece uma troca. A empresa cede a área de 102 mil metros quadrados e recebe a do antigo Teval, do mesmo tamanho, para onde será transferida.
 
A Fips informou que “os trâmites para início da obra já foram iniciados — com empreiteira mobilizada e canteiro de obras sendo implantado”.
 
A pera ferroviária é uma das obras estruturantes previstas no contrato de cessão da Fips, em vigor desde o dia 1º de outubro, quando a companhia assumiu as operações no Porto de Santos. Além da pera, estão previstas a construção do pátio ferroviário entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, com três vias férreas para atendimento aos terminais de celulose, viadutos para eliminação de passagens em nível e passarelas de pedestres.
 
Cronograma
 
O cronograma de obras já foi entregue pela cessionária à Autoridade Portuária . “O cronograma foi entregue pela Associação Gestora da Ferrovia Interna do Porto de Santos (AG-Fips) seguindo todos os prazos do contrato. A APS fará a análise das informações enviadas nos próximos dois meses”.
 
Para o presidente da APS, Anderson Pomini, a expansão ferroviária é fundamental para a necessidade das empresas instaladas no Porto de Santos, considerando que a capacidade ferroviária do complexo portuário está próxima da saturação — com 94% de utilização.
 
“Vejo a gestão da Fips comprometida a conduzir essa expansão, priorizando as obras que, de fato, vão agregar valor imediato para as operações e a segurança da comunidade”, disse Pomini.
 
Soluções
 
O presidente da Fips, João Almeida, afirmou que a empresa “seguirá valorizando e empreendendo as melhores soluções para a comunidade na relação Porto e Cidade, e isso se dará tanto em obras ligadas à operação, como também em projetos que tenham interesse social com segurança para a população – como a construção das passarelas –, agregando assim valor e resolvendo o conflito rodoferroviário”.