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18/10/2023 - 11h09

Setor portuário debate no Panamá logística ágil e sustentável no primeiro dia do TOC Americas


Fonte: A Tribuna On-line
 
Busca por soluções inovadoras à cadeia de contêineres marcou início de uma das maiores conferências do mundo
 
Uma cadeia portuária eficiente, tecnológica e ágil no transporte marítimo de mercadorias entre países, com sustentabilidade e segurança aos trabalhadores nas zonas operacionais. Esses foram os pontos que nortearam as discussões no primeiro dia do TOC Americas 2023, realizado ontem no Centro de Convenções do Panamá, na Cidade do Panamá. O Grupo Tribuna marcou presença em todos os painéis do dia.
 
Os debates envolveram três pilares: estratégia de negócios, sustentabilidade e inovação. Todos com foco no intercâmbio de informações e conhecimentos inovadores para se alcançar a maior eficiência no setor.
 
O TOC Américas 2023 ocorrerá até amanhã na capital panamenha, reunindo empresários de terminais de contêineres, de armadoras e de empresas de tecnologia. Paralelamente à conferência principal, voltada à cadeia de suprimentos de contêineres, acontece a Tech TOC, que engloba discussões e uma feira sobre tecnologia e inovação para o setor.
 
“O ponto alto do dia de hoje foi o novo modelo de gestão portuária, olhando, principalmente, para a participação de provedores de soluções em tecnologia e automação. Falou-se muito na importância dessa cadeia de negócios estar próxima dos tomadores de decisões”, afirmou o empresário Maxwell Rodrigues, que também é apresentador do programa Porto 360°, da TV Tribuna.
 
Rodrigues observou ainda que as empresas de comércio exterior buscam novas tecnologias para agilizar o transporte de carga entre países. “Tenho acompanhado inúmeras empresas que estão trazendo oportunidades de negócios, mas também de agilidade na movimentação de mercadorias. Tanto o setor portuário quanto outros setores requerem velocidade com eficiência na transação de carga entre países”.
 
A automação aliada à eficiência e à segurança de trabalhadores nas zonas operacionais também foi destacada durante o painel Uma Estratégia de Negócios para Automação. Uma das debatedoras, a diretora de Suprimentos nas Américas da APM Terminals, Natalia Varon Perea, afirmou que a indústria está inserida em uma nova era.
 
“Precisamos pensar em como adaptar processos à interação humana e aos equipamentos, mas também em como gerenciar o nosso negócio. Precisamos ser criativos e abrir nossas mentes para novos frameworks e metodologias entre fornecedores e análise de dados, garantindo que criemos soluções modulares para permitir implementações graduais”.
 
A executiva ressaltou que é necessário conectar as pessoas à modernização operacional. “Você realmente acredita que os funcionários dos portos entendem o que está acontecendo, especialmente na automação? Temos muitos movimentos, muitas cargas no Porto de Santos, por exemplo. Mas, no final do dia, as pessoas precisam estar seguras trabalhando no porto. É o principal benefício que veremos com a modernização”, destacou a representante da APM Terminals.
 
Já o diretor comercial da Brasil Terminal Portuário (BTP), Cláudio Oliveira, falou sobre os gargalos logísticos do Porto de Santos e a necessidade de investimentos durante sua palestra no painel Desenvolvimento de Infraestrutura e Conectividade com a Interlândia, que tratou da relação Porto-Cidade.
 
Nela, Oliveira alertou para a previsão de colapso no acesso rodoviário ao maior complexo portuário do Hemisfério Sul nos próximos anos, comentando que os investimentos dos terminais não são suficientes para atender a demanda futura projetada.
 
Sustentável
 
Presente ao TOC Americas 2023, o gerente geral da Waypoint Yacht Services Américas, Marcus Santana, que é natural de Santos, destacou as iniciativas sustentáveis benéficas ao meio ambiente e à economia discutidas no encontro. “ESG, meio ambiente e descarbonização são o foco. Vamos verificar meios de trabalhar de forma eficiente e amigável com o meio ambiente. O Panamá também está buscando se adaptar a isso, assim como as outras empresas, buscando recompensar os armadores que têm iniciativas de descarbonização. Há iniciativa interna de descontos a armadores que comprovadamente contribuem com o meio ambiente. Essa é a chave: cuidar do meio ambiente para que as novas gerações tenham a oportunidade de usufruir daquilo que nós usufruímos hoje”.