Notícias

Pauta conjunta de reivindicações e paralisação das atividades serão discutidas em assembleia nesta segunda-feira

Fonte: AssCom SindEstiva / Denise Campos De Giulio

Os empregados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) representados pelo Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) têm importante assembleia na noite desta segunda-feira. No primeiro item da ordem do dia os doqueiros discutirão a elaboração de uma pauta de reivindicações conjunta com as demais categorias de trabalhadores que atuam no complexo portuário santista.

Em seguida, os colaboradores da estatal decidirão sobre uma possível paralisação conjunta pelo período de seis horas, prevista para o dia 1º de junho, que poderá ter a participação de outras categorias de portuários avulsos e vinculados. Para tanto, além do Sindaport, no decorrer desta segunda-feira realizam assembleias com pautas idênticas os seguintes sindicatos: dos Estivadores, dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia, dos Consertadores de Carga e Descarga, dos Rodoviários, dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras (Sindogeesp), e dos Operários Portuários (Sintraport).

O resultado dos respectivos encontros serão avaliados em assembleia aberta aos trabalhadores das sete entidades portuárias, além dos representados pelo Sindicato dos Trabalhadores Portuários Autônomos (Sindicam), que vêm participando das reuniões e apoiando a mobilização dos portuários. Reunidos nos últimos dias 12 e 19, na sede do Sindaport, os dirigentes decidiram não participar do Dia Nacional de Lutas convocado pelas principais centrais sindicais, que convocam uma greve nacional para o dia 29.

"Somos solidários ao trabalho realizado pela centrais e aos companheiros de todo o Brasil, que seguramente terão o nosso incondicional apoio na greve geral da próxima sexta-feira, porém, diante da caótica situação em que se encontra o segmento da navegação e os trabalhadores do setor, optamos por estabelecer uma agenda exclusivamente portuária com reivindicações voltadas para atender os interesses das categorias", disse o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos.

Sobre a pauta de reivindicações, o dirigente foi categórico. "Deve ser bastante abrangente considerando que será dedicada não apenas aos empregados da Codesp como também aos companheiros que exercem a atividade de encarregados de turma de capatazia atuando pelo sistema avulso", ressaltou o líder sindical.

Sobre a possibilidade de uma paralisação conjunta no 1º dia de junho, Cirino ressaltou que os trabalhadores devem ter serenidade e sabedoria para decidirem o que for melhor. "Assim como a nossa, as assembleias das categorias coirmãs são soberanas na tomada de suas decisões individuais e por tal temos que respeitar o que for aprovado por cada uma delas, da mesma maneira que saberão respeitar o que for deliberado pelos companheiros aqui do Sindaport". A assembleia tem início previsto para às 19hs em primeira convocação ou uma hora mais tarde em segunda.

Confira a pauta reivindicatória

a) Garantia da data-base dos trabalhadores portuários avulsos;

b) Em caso de insucesso nas negociações, autorização do SOPESP para ingresso do dissídio coletivo;

c) Garantia da data-base dos empregados da CODESP;

d) Em caso de insucesso nas negociações, autorização da CODESP para ingresso do dissídio coletivo;

e) melhores condições de trabalho, segurança, saúde e higiene nas instalações portuárias e postos de escalação;

f) avaliação dos riscos da atividade na área do porto e pagamento do adicional de risco;

g) instalação na área portuária de policlínica e/ou pronto atendimento com funcionamento 24 horas para atendimento dos portuários e usuários;

h) inclusão, no edital para licitação de área portuária, de cláusula reafirmando a exclusividade dos trabalhadores portuários avulsos registrados e cadastrados no OGMO-Santos;

i) inclusão, no edital para licitação de área portuária, de cláusula que assegure que os empregados dos atuais arrendatários sejam absorvidos pelos futuros arrendatários da mesma área;

j) deliberação de outras propostas apresentadas em plenário;

k) posse do estacionamento para caminhões, localizado no retão da Alemoa;

l) Fazer com que as empresas em transportes venham a cumprir a tabela de referência de valores do frete a vigorar a partir de 01/06/2015;

m) que os terminais de container disponibilizem 30% de área para estacionamento dos caminhões enquanto aguardam para adentrar em seus terminais para carga e descarga.