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Estiva defende greve no Porto de Santos

Fonte: AssCom SindEstiva / Denise Campos De Giulio



O Porto de Santos poderá ter suas atividades paralisadas no próximo dia 1º de junho por conta de uma possível greve dos trabalhadores portuários, avulsos e vinculados, ligados ao Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.  
 
A decisão poderá ser referendada em assembleia da categoria que acontecerá na manhã desta segunda-feira (25), na sede da entidade. "Inicialmente, vamos propor a suspensão das operações pelo período de seis horas, e se as nossas reivindicações não forem atendidas adiante vamos deliberar pela paralisação por tempo indeterminado", disse o presidente do sindicato, Rodnei Oliveira da Silva.
 
Os estivadores querem a reposição das perdas inflacionárias acrescidas de aumento real, no total de 15%, o pagamento de Plano de Participação nos Lucros (PLR) para os profissionais que atuam sob o regime de vínculo empregatício, além do cumprimento de todas as cláusulas elencadas na campanha salarial de 2015.
 
Uma das principais reivindicações é a manutenção da paridade na utilização da categoria. "Queremos manter o sistema misto de contratação por entendermos que é o mais justo e proporciona o equilíbrio tanto na oferta de serviços como também no ganho dos trabalhadores".
 
Celebrado no final de 2013, o até então inédito acordo coletivo normatizou a utilização da categoria nas operações portuárias através do tradicional e centenário método avulso, mediante a requisição dos trabalhadores junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), bem como pelo regime de vínculo empregatício (CLT), na proporção de 50% para cada modalidade.
     
Os estivadores pleiteiam ainda o vale-refeição de R$ 30,00 para cada período de 6 horas trabalhadas no sistema avulso, planos de saúde e odontológico, seguro de vida, o pagamento de diária para o profissional não escalado e do adicional de risco, entre outros. 
 
Segundo Rodnei, o movimento paredista dos estivadores independerá da adesão ou não das demais categorias de portuários que atuam no complexo santista. "Considerando que temos objetivos comuns enquanto portuários, porém interesses diferenciados como estivadores, vamos respeitar as decisões dos demais companheiros sejam elas quais forem".
 
Além do encontro do Sindestiva, a proposta de paralisação no dia 1º de junho será avaliada, também nesta segunda, em outras seis assembleias que acontecem nos sindicatos, dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Operários Portuários (Sintraport), Operadores de Guindastes e Empilhadeiras (Sindogeesp), Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia, dos Consertadores, e Rodoviários. O resultado de cada encontro será deliberado em assembleia conjunta envolvendo todas as entidades, prevista para ocorrer no dia 28.
 

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