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A cinco dias das eleições, Polícia Federal aceita proposta do governo e suspende greve nacional

Fonte: R7

Mesmo com recomendação da federação, alguns Estados podem manter paralisação
 
A cinco dias das eleições, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) se reuniu com representantes do governo federal e decidiram, nesta terça-feira (21), suspender a greve nacional que estava prevista para começar nesta quarta-feira (22).
 
Representantes do Ministério do Planejamento e da Casa Civil, além do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, chamaram integrantes da Fenapef para negociar e a sinalização de atender algumas reivindicações foi suficiente para interromper o momento grevista
 
De acordo com o vice-presidente da federação, Luis Antônio Boudens, a promessa do governo é rever a estruturação do plano de carreira dos policiais e marcou uma nova reunião para o dia 29 de outubro, após as eleições.
 
— Fechamos uma nova linha de estruturação, em relação ao plano de carreira da PF, e foi reconhecido o erro da MP [Medida Provisória] 657.  Com a nova agenda que eles marcaram para apresentar mudanças nesse texto, com esse compromisso de uma reunião na semana que vem, a base concordou em suspender a greve.
 
Das 25 unidades da Federação que haviam decidido pela greve, 19 foram a favor da suspensão do movimento e seis queriam manter a paralisação.
 
Reivindicações
 
Os policiais federais tinham anunciado uma paralisação de 72 horas em todo País para protestar contra a MP 657, publicada pelo Executivo na semana passada. O texto estabelece que o cargo de diretor-geral, nomeado pelo Presidente da República, é privativo de delegado de Polícia Federal.
 
Os policias federais alegam que a medida beneficia apenas delegados e reclamavam ainda que o governo federal não cumpriu o acordo, assinado no final da greve de 2012, que inclui a modernização da carreira e o reconhecimento das atividades realizadas por todos servidores.
 
De acordo com a Fenapef, o governo prometeu apresentar uma nova redação para a MP e acelerar a discussão do grupo de trabalho criado para elaborar um texto para projeto de lei que deve ser enviado ao Congresso Nacional.
 
Nos Estados
 
Apesar da recomendação da Fenapef pela suspensão da greve, os sindicatos nos Estados têm autonomia para decidir se cruzam ou não os braços. Até a publicação desta reportagem, o sindicato no Distrito Federal havia anunciado que seguiria a federação nacional.
 
Nos Estados que eventualmente decidirem manter a greve, serviços não essenciais, como emissão de passaportes e investigações criminais podem ser paralisados.
 

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