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Programa de qualificação do trabalhador portuário é alvo de elogios das lideranças sindicais

Fonte: FalaSantos / Denise Campos De Giulio



A pressão exercida há anos pelos sindicatos portuários de todo o país junto ao Governo Federal começa a surtir efeito. 
 
Publicada na edição da última terça-feira (15) no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução nº 1, de 11 de julho de 2014, que estabelece a criação de um grupo de trabalho para a implementação do programa denominado Política de Qualificação do Trabalhador Portuário, agradou as lideranças sindicais que atuam no Porto de Santos.
 
Com objetivo de apresentar propostas e estudos que fomentem a capacitação dos profissionais, o grupo ficará sob responsabilidade da Secretaria de Portos (SEP) e será formado por representantes da Marinha do Brasil, do Ministério da Educação (ME), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entidades empresariais e laborais.
 
Ainda sem definição dos nomes, os trabalhadores serão representados por três membros titulares e respectivos suplentes. "Mais do que comemorar devemos apoiar a iniciativa do Governo Federal que, ao que tudo indica, finalmente resolveu dar a devida atenção aos trabalhadores dos portos", disse o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva. 
 
O presidente do Sindicato dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras (Sindogeesp), Guilherme do Amaral Távora, também mostrou otimismo. "Mesmo com um atraso de mais de 20 anos, a iniciativa do Governo Federal é valida e oportuna para que finalmente sejam criadas políticas de capacitação do trabalhador portuário".
 
No comando do Sindicato dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia do Porto de Santos, Marco Antônio Sanches avalia que o fórum será importante para a classe trabalhadora. "O avanço tecnológico impõe aos portuários um aprendizado contínuo, considerando que os equipamentos e aparelhos em geral para a manipulação das cargas exigem uma qualificação cada vez mais aprimorada". De acordo com a Resolução, serão definidos escopos, propostas, competências da execução e formas de financiamento das ações.
 
Para o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, o Governo acertou ao criar o grupo com a participação dos diversos agentes envolvidos com a questão portuária. "As perspectivas são boas porque o palco de discussões reunirá representantes das bancadas governamental, dos trabalhadores e dos empregadores, o que certamente elevará o nível dos debates".
 
Membro efetivo da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), instituída pelo MTE para discutir e aprimorar normas de segurança, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Santos e região (Sintrammar), Francisco Erivan Pereira, comentou. "Se a própria Secretaria de Portos estima investimentos de R$ 36 bilhões pelos próximos três anos no setor, é natural que eles sejam extensivos ao material humano", ressaltou o representante dos trabalhadores que atuam nas áreas retroportuárias. 
 
A primeira reunião do Grupo de Trabalho está prevista para o dia 28 de julho na sede da Secretaria de Portos, em Brasília.

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