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Descompasso entre projetos deixa terminais desconectados de ferrovias

Fonte: O Globo
 
 
São nítidos os descompassos entre os diferentes setores do Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado pelo governo federal no final de 2012 com uma previsão de R$ 213 bilhões em investimentos. Nas concessões de aeroportos e rodovias, muito já se avançou. Os dois segmentos já têm assegurados R$ 8,7 bilhões e R$ 28,7 bilhões, respectivamente. Os valores contemplam tudo o que era esperado para os aeroportos e metade do previsto para as estradas.
 
No segmento de portos, no entanto, até agora foram confirmados só R$ 8 bilhões em investimentos, de um total de R$ 54,2 bilhões previstos. Já no setor de ferrovias, o mais ousado, com R$ 99 bilhões esperados, nenhum real do setor privado saiu do papel até agora.
 
Por conta deste desarranjo, o governo resolveu neste ano, por exemplo, leiloar rodovias que correm em paralelo a ferrovias na direção dos portos, como forma de assegurar aos empresários do setor portuário que vale a pena investir, porque as cargas chegarão ao litoral para serem exportadas. Exemplo disso foi a decisão de conceder a BR-163 de Sinop, no Mato Grosso, até o porto de Miritituba, no Pará.
 
Segundo Antônio Henrique Silveira, ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), o atraso nas ferrovias não compromete o investimento em portos, apesar de muitos deles permanecem apenas na promessa de um dia serem conectados a uma ferrovia.
 
— A gente tem um movimento muito articulado de pedidos de autorização para terminais de uso privado em situações em que se pode ter acesso ferroviário, mas existem acessos rodoviários. Em Miritituba, tem uma série de players se posicionando porque aquela região vai ser estratégica para escoamento dos grãos e de minério do norte de Goiás e Tocantins — afirmou. — O eventual descasamento de prazo é normal, porque a construção de ferrovias ocorre naturalmente num prazo mais lento que as instalações de terminais portuários.
 

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