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Embarque em cruzeiro marítimo tem 'corrida de obstáculo'
Fonte: Folha de S. Paulo
Fazer um cruzeiro marítimo num transatlântico está nos planos de muitos turistas neste verão. Se começar pelo porto de Santos, o maior terminal da América Latina, o sonho vai até ser realizado, mas ele pode ter uma certa pitada de pesadelo.
Fazer um cruzeiro marítimo num transatlântico está nos planos de muitos turistas neste verão. Se começar pelo porto de Santos, o maior terminal da América Latina, o sonho vai até ser realizado, mas ele pode ter uma certa pitada de pesadelo.
Estacionar o carro ou encontrar algo barato para comer são desafios para as 15 mil pessoas que passam em um dia comum da atual temporada de cruzeiros.
Foi assim na quarta-feira passada quando a Folha esteve no terminal de Santos.
A estimativa do setor é que, entre novembro deste ano e março de 2013, cerca de 415 mil pessoas embarquem nos 192 cruzeiros que saem da cidade no período – ou mais da metade dos passageiros estimados para todo o país.
Um dos principais obstáculos aos navegantes são as opções de estacionamento. As vagas oficiais existentes dentro do terminal são caras e nem sempre suficientes.
Chegam a custar R$ 354 a semana. Ou mais de um terço do preço de um pacote simples em um navio, que sai por volta dos R$ 1.000.
No Porto de Barcelona (Espanha), um dos mais modernos do mundo, o mesmo período custa por volta R$ 230.
Assim, quer por economia, quer por falta de vaga, muitos buscam estacionamentos alternativos, que ficam em setores afastados (e saem pela metade do preço).
É comum ver famílias inteiras arrastando malas sobre os trilhos de uma ferrovia em atividade. E fugindo da poeira e da fumaça dos caminhões que lá circulam.
E quando chove? A experiência "pode ser complicada", avisa Márcia Leite, diretora de operações da Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos).
A comida é outro problema da lei da oferta e da procura.
Nas lanchonetes, uma família de quatro pessoas, por exemplo, vai gastar ao menos R$ 40 se todos quiserem tomar um básico café e comer um simples salgado. A lata de cerveja sai por volta de R$ 6.
A situação, dizem os usuários, era caótica. Intervenções feitas desde 2010 reduziram o número de filas, o trânsito e a espera. Hoje, poucas pessoas reclamam de problemas no porto de Santos.
"Não tive problemas com as operações no terminal", diz Paulo do Nascimento, que na quarta-feira encerrou uma viagem pelo Nordeste. Ele usou ônibus de excursão para chegar e deixar o porto.
O cuiabano Carlos Alberto Rosa também gostou dos serviços. Ele teve apenas um pequeno problema. Uma de suas malas apareceu rasgada.
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