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A Tribuna e sua relação com o Porto de Santos, nos 130 anos do jornal

Fonte: A Tribuna On-line
 
Em 3 de setembro de 1952 A Tribuna deu início à editoria Porto & Mar
 
A importância do Porto de Santos ganhou ainda mais contorno a partir de 3 de setembro de 1952. Nesta data, A Tribuna deu início à editoria Porto & Mar. O compromisso com o universo portuário estava definido no texto de apresentação. “Tanto faz falta ao nosso ancoradouro essa atenção mais especial que lhe prestará Porto & Mar, convertido no jornal diário da vida marítima e portuária, da qual a cidade extrai todo o seu movimento, todo o seu progresso e toda a sua expressão.”
 
O jornalista Sergio Willians lembra que a criação da editoria aconteceu em um momento de otimismo e crescimento econômico regional e global. “A iniciativa surge em um período pós-guerra conhecido como ‘anos dourados’, com intensa busca pela paz e prosperidade, em que o mundo e, especialmente, o Brasil vivenciaram uma fase de notável otimismo e expansão econômica.”
 
O Porto de Santos, ainda sob gestão da Companhia Docas de Santos (CDS), vivia um processo de modernização, buscando se alinhar a esse ritmo de prosperidade com investimentos em novos equipamentos e métodos de movimentação de carga, visando a otimizar suas operações.
 
Ao longo desses anos, muitas histórias foram contadas, e transformações, vividas. A movimentação de contêineres foi autorizada em 1965. À época, o jornal noticiava a “adoção de sistema preconizado como inovação de grande utilidade nos transportes marítimos brasileiros”.
 
Em 1974, Porto & Mar acompanhou de perto o incêndio no cargueiro grego Ais Giorgis. O navio atracou com produtos químicos diversos, como nitrato de sódio. Às 21h34 de 8 de janeiro, começou um incêndio violento e incontrolável. As chamas atingiram quase 50 metros de altura. O incidente culminou em uma morte e no naufrágio do navio.
 
Em novembro de 1980, A Tribuna cobriu a troca na gestão do Porto, passando da antiga CDS para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, hoje Autoridade Portuária de Santos). As relações com o trabalho portuário também estamparam o jornal. Em fevereiro de 1991, o cais ficou parado por 21 dias. Trabalhadores acamparam na Codesp e tomaram a Praça Mauá para reverter as 5 mil demissões propostas — e depois canceladas — pelo Governo Collor.
 
Dois anos depois, a promulgação da Lei de Modernização dos Portos movimentou a comunidade. Em 1998, Santos ganhou o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais e que deu novo impulso ao turismo de cruzeiros.
 
Veio um novo século, que acentuou discussões e viu o crescimento do Porto. Agora, a ligação seca por túnel entre Santos e Guarujá ganha novos e importantes capítulos para, quase um século após ser noticiada pela primeira vez por A Tribuna, finalmente sair do papel.
 

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