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Novo comando na Secretaria de Portos

Fonte: A Tribuna
 
Diogo Piloni deixa orgão vinculado ao Ministério da Infraestrutura, que passa a ter como comandante o ex-diretor da Antaq Mário Povia
 
Após mais de três anos à frente da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, deixou ontem o comando do órgão vinculado ao Ministério da Infraestrutura. Em seu lugar, assumiu Mário Povia, ex-diretor da Antaq e ex-diretor da CDRJ. Para especialistas do setor, a mudança no alto escalão da pasta não implica em grandes alterações para o cenário portuário nacional.
 
A portaria com a exoneração de Piloni, solicitada por ele, foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), ontem. Ela foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Piloni estava à frente da pasta desde janeiro de 2019.
 
CURRÍCULO
 
Seu substituto, Povia, nasceu em Osasco (SP), é graduado em Tecnologia Operacional Elétrica e bacharel em Direito. Apesar de não ter formação em áreas ligadas ao setor portuário (pós-graduado em Administração de Empresas e Direito Processual e do Trabalho e em Regulação de Serviços Públicos), o novo secretário é figura conhecida no segmento.
 
Servidor efetivo da Antaq como especialista em regulação de serviços de transportes aquaviários, ele já atuou como assessor da Superintendência de Portos, assessor técnico da diretoria, superintendente de Portos, diretor e diretor-geral da agência reguladora. Além disso, Povia já presidiu o CAP do Porto de São Sebastião e assumiu o cargo de diretor na CDRJ em 2020.
 
A Tribuna tentou contato com o novo titular da Secretaria de Portos, mas a assessoria informou que Mário Povia não concederá entrevistas no momento. O futuro profissional de Piloni será na iniciativa privada.
 
CONTINUIDADE
 
A expectativa no setor portuário é que o novo secretário nacional de Portos dê continuidade ao trabalho de Piloni, assim como o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, agiu com a saída de Tarcísio Gomes de Freitas da pasta, no final de março.
 
De acordo com o diretor-presidente da Fenop, Sérgio Aquino, os temas serão conduzidos da mesma forma, pois “o Governo tem se pautado pela lógica de utilizar técnicos”. Por isso, a única mudança possível seria no estilo de profissionais. “Mas diria que Piloni e Povia têm estilos muito próximos”, explica.
 
Ele enfatiza o fato de Povia ser um técnico conhecimento na área portuária, que possui detalhes sobre Santos e a Baixada Santista. “Conhece a região, o segmento e é um profissional respeitado”, diz, ressaltando também o tempo de trabalho de Piloni, que “sempre foi muito aberto ao diálogo”.
 
PERFIL TÉCNICO
 
O diretor-executivo da ABTRA, Angelino Caputo, concorda com Aquino ao dizer que Piloni e Povia são profissionais técnicos. “São dois nomes muito fortes e preparados, tanto o que sai, como o que entra”.
 
De acordo com ele, que também foi diretor-presidente da antiga da Codesp, atual SPA, o trabalho de Piloni representou a conquista de grandes avanços ao setor portuário e a expectativa é que Povia siga na mesma direção, pois possui a preparação necessária.
 
“É uma continuidade da estratégia. Mário é muito bem-vindo, um grande amigo do setor, uma pessoa de fácil relacionamento e vai fazer uma boa gestão”, finaliza.
 
LEGADO
 
Para o economista e consultor portuário Fabrizio Pierdomenico, o agora ex-secretário deixa um legado. “É inquestionável o papel que o Diogo Piloni teve. Nesses anos em que esteve à frente da pasta, deixa uma marca positiva de gestão, profissionalismo, dedicação e de avanços”.
 
Ele diz que a mudança na gestão era esperada diante da saída de Tarcísio Gomes de Freitas do Ministério da Infraestrutura. “A gente cogitava essa mudança. Mário é um gestor muito experiente e de carreira da Antaq, então conhece o setor com uma profundidade que poucos têm. Do ponto de vista da qualificação, não há nenhum questionamento”.
 
Para Pierdomenico, que já foi diretor do novo secretário não causa qualquer preocupação ao setor, que enxerga Povia com “bons olhos e tranquilidade”, já que a condução das políticas portuária será a mesma.
 

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