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Com mais importações, balança comercial fecha negativa em US$ 1,3 bi em novembro

Fonte: O Estado de S. Paulo
 
Compras do exterior somaram US$ 21,6 bilhões, com aumento de 53,1%, o maior valor já registrado para o mês, segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão
 
A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,3 bilhão em novembro, com crescimento nas importações superando o das exportações no período, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 1.º, pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. Em novembro de 2020, o resultado foi positivo em US$ 2,5 bilhões.
 
No mês passado, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) avançou 37%. As exportações somaram US$ 20,3 bilhões em novembro, com alta de 23,2%. As importações chegaram a US$ 21,6 bilhões em novembro, com aumento de 53,1%.
 
O montante importado pelo Brasil em novembro foi o maior já registrado para o período e o total exportado, o segundo maior para o mês, informou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão. 
 
Segundo o secretário, a alta expressiva nas importações brasileiras em novembro teve o impacto da compra de produtos como energia elétrica, vacinas e adubos e fertilizantes. 
 
As exportações, que cresceram em menor ritmo, foram afetadas pelo preço e volume menor de minério de ferro exportado em novembro. Também houve embarques menores de  milho e algodão no período, o que influenciou as exportações do setor agrícola. 
 
De janeiro a novembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 57,191 bilhões. O valor é 19,9% maior do que o mesmo período do ano passado. Houve um aumento de 34,9 % nas exportações e de 39,7% nas importações do período.
 
Em novembro, houve crescimento de US$ 22,39 milhões ( 16,5%) nas exportações em agropecuária; crescimento de US$ 32,62 milhões ( 14,8%) em indústria extrativa e crescimento de US$ 143,48 milhões ( 28,3%) em produtos da indústria de transformação.
 
Nas importações, houve crescimento de US$ 10,74 milhões ( 61,8%) em agropecuária; crescimento de US$ 65,39 milhões ( 248,3%) em indústria extrativa e crescimento de US$ 300,07 milhões ( 43,5%) em produtos da indústria de transformação.
 
Brandão, admitiu que o saldo da balança comercial em 2021 deve ficar abaixo do previsto pelo governo para o ano (US$ 70,9 bilhões). Até o mês passado, quando foi registrado um déficit comercial, a balança acumulava saldo positivo em US$ 57,2 bilhões. 
 
“O resultado da importação veio acima do esperado para o ano, com efeito preço dos últimos meses. É possível (ficar abaixo). Em tempos de pandemia, é normal ocorrerem oscilações nessas previsões”, afirmou, ressaltando que as projeções de mercado já estão abaixo dos US$ 70 bilhões. 
 
Para alcançar o resultado previsto pelo governo, a balança comercial teria que ter um saldo superavitário de mais de US$ 13 bilhões no último mês do ano. Apesar de dezembro tradicionalmente apresentar resultados positivos, o recorde até agora para o mês foi de US$ 5,7 bilhões , registrado em 2017.
 
A quantidade exportada pelo Brasil em novembro caiu 5,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No período, porém, a alta de preços (+24,1%) mais do que compensou o recuo no total embarcado, fazendo, assim que a receita total crescesse no período (+23,2%). 
 
As importações registraram alta nas quantidades (+4,5%), mas foi principalmente o aumento dos preços (+34,7%) que levou à alta significativa no total comprado do exterior em novembro (+53,1%).  “Há aumento de preços em bens importados com recuperação da economia mundial”, afirmou Brandão. 
 

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