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Portuários protestam contra falhas na escala digital do Ogmo

Fonte: AssCom Sindogeesp / Denise Campos De Giulio



Insatisfeitos com as sucessivas falhas apresentadas pela escala digital, ferramenta utilizada para a distribuição dos trabalhadores portuários avulsos em atendimento aos serviços requisitados pelas empresas que operam no Porto de Santos, cerca de 70 profissionais ligados ao Sindicato dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras do Estado de São Paulo (SINDOGEESP) realizaram na manhã desta segunda-feira (14) um protesto na porta do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) de Santos.
 
Implementado no dia 1º de julho para atender cerca de 5.500 portuários inscritos no OGMO local, o procedimento virtual vem gerando muitas reclamações e sérios prejuízos financeiros aos trabalhadores usuários da nova metodologia em razão da instabilidade e demais problemas no aplicativo.
 
A queixa maior dos operadores de máquinas e equipamentos que retiram seu meio de vida através do centenário sistema avulso está nas inconsistências do programa e na impossibilidade do mesmo retroagir e promover as devidas correções em razão do erro constatado pelos trabalhadores, porém, não reconhecido pelos representantes do órgão gestor. 
 
"A inobservância sistêmica às ofertas de labor está causando desequilíbrio na disposição da escala, cujo procedimento não é seguro e tampouco confiável, considerando que vários companheiros são transpassados na ordem de engajamento sem que nenhuma providência seja tomada por parte do órgão gestor, apesar dos nosso apelos e encaminhamentos de ofícios, ou seja, o que estamos presenciando é um retumbante festival de erros, alguns notadamente crassos e que podem perfeitamente ser corrigidos", afirmou o presidente do Sindogeesp, Paulo Antônio da Rocha.
 
Previsto na legislação portuária vigente, o compartilhamento equânime da oferta laboral vinha sendo utilizado através do método presencial desde o ano 2000, quando a escala dos trabalhadores, até então feita pelo próprio Sindogeesp, foi assumida pelo Ogmo de Santos por força da mesma lei. "Somos a favor dos avanços tecnológicos, sobretudo no nosso segmento, mas infelizmente, apesar da excelente ideia, a escala digital colocada em prática não está funcionando como deveria e por tal necessita de ajustes pontuais, até porque, além do aborrecimento as perdas salarias estão se acumulando", explicou o líder sindical.
 
Segundo ele, as inúmeras inconsistências constatadas pelos trabalhadores e dirigentes sindicais no sistema de escala da categoria não são reconhecidas pela direção do Ogmo. Isto porque, durante o pacífico protesto o diretor-executivo do órgão, Evandro Schmidt Pause, recebeu as lideranças do Sindogeesp para uma rápida reunião, que terminou sem acordo entre as partes. "Tentamos explicar para ele que procedimentos virtuais dessa natureza apresentam falhas, o que é absolutamente normal e compreensível, até porque os equívocos são importantes para as correções na busca da excelência no atendimento ao cliente, que neste caso são os trabalhadores, mas lamentavelmente a direção da entidade reluta em aceitar qualquer observação ou crítica construtiva, inclusive descartando qualquer possibilidade de ressarcimento aos companheiros prejudicados."
 
No encontro, o Sindogeesp solicitou a suspensão do sistema digital. "Pedimos a interrupção até que os problemas que identificamos sejam equacionados, à exemplo do que acontece com os aplicativos dos bancos, meios de transportes, lojas de departamentos e outros tantos que apresentam falhas pontuais, porém, a intransigência foi a única resposta que nos deram, uma vez que para o comando do Ogmo a ferramenta não precisa de reparos", lamentou Paulo da Rocha, que vai acionar o departamento jurídico do Sindicato visando a adoção das medidas cabíveis em defesa dos interesses da categoria.

Assista a reportagem do Jornal Tribuna 1ª Edição desta segunda-feira (14)
 

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