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Empregados da Codesp aprovam greve para o dia 29/05

Fonte: Sindaport / A Diretoria
 
 
Reunidos em assembleia na noite desta terça-feira, os empregados da Codesp aprovaram a realização de greve na próxima quarta-feira, dia 29 de maio. O motivo da paralisação é o fato da Codesp não garantir a data base da categoria e, o pior, oferecer proposta de acordo coletivo que reduz benefícios há anos praticados. 
 
O presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos, explicou aos portuários que a comissão de assuntos sindicais da Codesp enviou e-mail para a entidade expondo que não conseguiu aval de Brasília para melhorar a proposta salarial. 
 
“A Codesp disse que encaminhou para a Sest o pedido de prorrogação da data-base e a manutenção do acordo coletivo, mas não teve resposta do Governo. Sendo assim, entramos em contato com a Federação Nacional dos Portuários e apresentamos o nosso calendário de greve, que já foi encaminhado para os demais sindicatos do país”, explicou o dirigente sindical. 
 
Everandy Cirino destacou que há anos durante a negociação salarial com a diretoria da Codesp tanto a data base quanto o acordo coletivo são prorrogados até o desfecho da Campanha Salarial. “Porém, para nossa surpresa, a atual diretoria do Porto de Santos aceitou apenas prorrogar o atual acordo mas não reconhece a data base, o que não garante o retroativo a 1° de junho no fim da negociação”. 
 
A proposta da Codesp reduz o pagamento do adicional noturno de 50% para 20%, o pagamento do abono de férias de 50% para um terço, a hora-extra cai de 100% para 50% e o vale-refeição extra pago em dezembro também diminui para a metade do praticado hoje. Além disso, aumenta a participação dos empregados da ativa no pagamento do plano de saúde de 45% para 50% e dos aposentados de 65% para 85%. 
 
Pela proposta apresentada pela Codesp, os empregados terão um prejuízo entre 30% e 40% em seus rendimentos mensais. 
 
O advogado do SINDAPORT e do SINTRAPORT, Eraldo Aurélio Rodrigues Franzese, explicou aos portuários os rumos do movimento com a deflagração da greve e a instauração do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo. 
 
Everandy Cirino ressaltou a situação em alguns dos principais portos do país: na Bahia a Codeba propôs a prorrogação do acordo coletivo, em Vitória a Codesa reconheceu a data-base e o acordo coletivo dos portuários do Rio de Janeiro do ano passado está garantido por força de liminar. 
 
“Vou expor ao ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas a dificuldade da negociação salarial e a redução de direitos por parte da Codesp. Tenho audiência marcada com ele no próximo dia 11 de junho, obtida por intermédio da deputada federal Rosana Valle”, enfatizou. 
 
O presidente do SINDAPORT foi taxativo à categoria ao afirmar que não existe negociação com a Codesp sem ingressar na Justiça. “A diretoria da Codesp, além de propor a redução de direitos, está causando terror na empresa. Um empregado com 45 anos de casa foi destituído de seu cargo de chefia por causa do cumprimento informal a um diretor. Um assessor brigou com o chefe e também foi destituído do cargo. Os empregados da Codesp estão há anos na empresa e merecem respeito. Por isso, vamos brigar por nossos direitos”. 
 
O presidente do SINTRAPORT, Claudiomiro Machado, também participou da assembleia e afirmou que a atual diretoria quer cortar funcionários, enxugar o quadro e reduzir custos. O companheiro Antonio Carlos da Mata Barreto também fez parte da mesa representando a categoria dos engenheiros da Codesp. 
 
Além dos empregados da Autoridade Portuária, a mobilização também terá o apoio dos estivadores. O presidente do sindicato dos avulsos, Rodnei Oliveira, mais conhecido como Nei da Estiva, prestigiou a assembleia e ressaltou que a categoria vai estar junto com os portuários da Companhia Docas na paralisação do Porto de Santos. O movimento estudantil que planeja um ato para o dia 30 também deve manifestar apoio aos portuários. 
 
Nesta quarta-feira, como parte do calendário de greve, um ofício será encaminhado para a Codesp informando sobre a decisão da assembleia. Na quinta, 23 de maio, será publicado na imprensa aviso aos usuários do porto. 
 
No dia 28 de maio, um dia antes da greve, os portuários voltam a se reunir em assembleia na sede do SINDAPORT para definir os últimos detalhes da paralisação.


A Autoridade Portuária de Santos esclarece 


Fonte: AssCom Codesp

 

Não procedem as informações relatadas no texto “Empregados da Codesp aprovam greve para o dia 29/05” segundo as quais “um empregado com 45 anos de casa foi destituído de seu cargo de chefia por causa do cumprimento informal a um diretor”. A Autoridade Portuária repudia a correlação feita pelo presidente do SINDAPORT entre a destituição de um funcionário de cargo de confiança e um suposto cumprimento de mão irreverente. A destituição do cargo de confiança do profissional não guardou, definitivamente, qualquer relação com o suposto cumprimento informal. Isto iria, inclusive, na contramão da política da nova gestão da companhia, pautada pela horizontalidade nas relações, como amplamente divulgado e facilmente constatado pelos funcionários que têm a oportunidade de contato com a equipe diretiva. Principalmente porque não houve cumprimento informal a qualquer diretor, visto que nenhum deles estava presente no referido episódio.
 
Ante ao exposto, solicitamos a retratação imediata das informações divulgadas nos mesmos meios utilizados para divulgação e endereçadas às mesmas pessoas, a fim de minimizar os danos já provocados à imagem da empresa.
 

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