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Embarcações de pesca bloqueiam canal de navegação do Porto de Santos, SP

Fonte: G1 Santos
 
Equipes da Marinha do Brasil e da Polícia Federal liberaram a navegação após 1h30. Movimento acontece em solidariedade ao ato dos caminhoneiros. Dois navios foram impedidos de deixar o cais.

 
Ao menos 16 embarcações de pesca bloquearam por 1h30 o canal de navegação do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (24). Dois navios foram impedidos de deixar o cais. O movimento é em solidariedade à manifestação dos caminhoneiros autônomos pelo país, que pedem ao Governo Federal a redução dos valores cobrados pelos combustíveis.
 
Imagens obtidas pelo G1 por volta das 15h30 mostram quando as embarcações pesqueiras, de pequeno e médio porte, se posicionaram entre os atracadouros da travessia de balsas entre Santos e Guarujá. O serviço de transporte de carros foi bloqueado durante uma hora, mas os barcos permaneceram impedindo a navegação de navios ao cais.
 
Durante o início do protesto, um bote da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), com dois oficiais a bordo, fazia a escolta de uma balsa que permaneceu realizando a travessia de veículos. Mesmo assim, a embarcação encontrava resistência dos pescadores para poder realizar o serviço, conforme o vídeo gravado. Filas se acumularam nas margens.
 
Por meio de nota, a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), estatal que opera a travessia de balsas, confirmou que interrompeu as atividades por completo durante uma hora. "O bloqueio foi feito no Canal do Porto por embarcações de pesca. No momento da paralisação, cinco balsas estavam em operação", declarou em comunicado oficial.
 
A Praticagem de São Paulo informou que as manobras de saída de dois navios do complexo precisaram ser canceladas nesta tarde em razão do protesto. A empresa disse, ainda, que interrompeu as operações no cais a partir das 15h30, quando as embarcações de pesca iniciaram o bloqueio. O canal foi liberado totalmente às 17h.
 
A Polícia Federal informou que enviou equipes ao local na lancha patrulha da corporação para liberar o canal de navegação, o que aconteceu totalmente após 1h30 do início do bloqueio. A PF não autuou os pescadores, assim como a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). A área permaneceu sendo monitorado pelas equipes.

 
Um dos navios impactados com o bloqueio teve a manobra de saída do cais remarcada para às 18h30. O segundo cargueiro deixaria o porto em seguida. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que foi notificada do ocorrido, mas que a eventual intervenção no caso caberia às autoridades marítima e policial.
 
Paralisação
 
Pelo quarto dia consecutivo, os caminhoneiros autônomos permanecem protestando nos acessos terrestre ao Porto de Santos contra o preço dos combustíveis e o baixo valor do frete. Equipes da Polícia Militar e da Guarda Portuária acompanham os atos, que não registrou ocorrências ou necessidade de intervenção, segundo informações oficiais.
 
Na terça-feira (22), os caminhoneiros bloquearam o acesso ao pátio de estacionamento de veículos, em Cubatão (SP), que faz a triagem de veículos comerciais que seguem em direção aos terminais das duas margens do cais santista. A Autoridade Portuária informou que desde segunda-feira (21) o complexo não recebe caminhões, mas mantém as operações no cais.
 
Os terminais do Porto de Santos iniciaram, nesta quarta-feira (23), o racionamento de combustível para manter as operações internas nas empresas. Entidades do setor também alertam para falta de espaço para armazenamento de cargas desembarcadas de navios, e pedem intervenção de força policial para que os veículos possam acessar o complexo.
 
A Associação Brasileira de Fornecedores de Navios (ABFN) alertou em comunicado, nesta quinta-feira, para a falta de mantimentos para a tripulação dos cargueiros. Segundo a ABFN, sete navios foram obrigadas deixar o cais nos últimos três dias sem o consumo de bordo. Em média, são 25 trabalhadores por embarcação.


 

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