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Sindicatos portuários discutem atuação na Greve Geral de sexta-feira, 28/04

Fonte: AssCom Sindaport / Gisele de Oliveira

 
Para discutir a atuação dos trabalhadores portuários na Greve Geral que pretende parar o país na próxima sexta-feira, 28 de abril, representantes dos Sindicatos Portuários da Baixada Santista estarão reunidos na quinta-feira, às 9 horas, na sede do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária).
 
“Só há um caminho para enfrentar o desmonte dos direitos dos trabalhadores, que é o da união. Temos que nos unir, sair às ruas e mostrar ao Governo que somos contrários às Reformas da Previdência e Trabalhista e também a Terceirização. Não podemos cruzar os braços diante dessa situação”, afirma o presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos.
 
Na última segunda-feira, segundo o dirigente sindical, o SINDAPORT em parceria com o Sintraport (Sindicato dos Operários Portuários) promoveram assembleia conjunta com suas categorias. Os trabalhadores aprovaram a participação no movimento grevista, sendo que avulsos e vinculados não vão entrar para o serviço no Porto de Santos, seja no escritório da Codesp ou no cais, a partir das 7 horas de sexta-feira. Além dos diretores do SINDAPORT e do presidente do Sintraport, Claudiomiro Machado, também participou da assembleia o vice-presidente do Sindogeesp (Sindicato dos Operadores de Guindaste e Empilhadeira), Paulo Antonio da Rocha.
 
O presidente do SINDAPORT fez questão de abrir a assembleia explicando as peculiaridades dessa Greve Geral. Everandy Cirino falou aos portuários que o movimento de paralisação não é por aumento salarial ou acordo coletivo, mas por causa das propostas do Governo Federal que prejudicam o trabalhador. “Não podemos ficar calados diante dos atropelos do Governo Temer que só tem um objetivo: acabar com os direitos dos trabalhadores. Não podemos concordar com as aprovações do Congresso, das reformas, Trabalhista e da Previdência e nova lei que libera todo tipo de terceirização, inclusive nas atividades fins da empresa”, esclareceu.
 
No caso específico dos trabalhadores da Codesp, o dirigente explicou que “certamente logo os reflexos desse“pacote de maldades do Governo Temer atingirá os empregados das Companhias Docas, principalmente, por causa da possibilidade de terceirização das atividades fins”. Por conta das mudanças nas leis trabalhistas, o acordo coletivo de trabalho dos portuários da Codesp poderá ser atingido já no próximo mês de junho, pois dependendo das aprovações do Congresso Nacional a redução de conquistas históricas não está descartada, disse.
 
Diante das várias discussões em andamento em Brasília e dos prejuízos que podem ocorrer para a classe laboral, é importante que os portuários estejam unidos. Os trabalhadores portuários não concordam com as Reformas da Previdência e Trabalhista e muito menos com a Terceirização. “Estamos no meio de uma luta de classes. É a classe trabalhadora sendo oprimida pelo poder econômico e político do atual Governo Temer. Não vamos deixar que isso aconteça. Em meio a tantas denúncias de corrupção, desonestidade e assalto aos cofres públicos quem mais uma vez vai pagar o pato será o trabalhador. Não, isso não vai acontecer”, afirmou Everandy Cirino.
 
 “Sabemos que apesar de todas as notícias sobre os prejuízos que as Reformas da Previdência e do Trabalho podem acarretar na vida do trabalhador, há muitas pessoas que são contrárias a Greve Geral de sexta-feira. Vivemos em uma democracia e é direito de cada um participar ou não do movimento. Sabemos das dificuldades e dos medos existentes e das peculiaridades entre os empregados com vínculo empregatício e os portuários avulsos. Mas não podemos fingir que nada está acontecendo. Nossos direitos estão seriamente ameaçados e não podemos ficar calados”.
 
COMANDO DE GREVE
 
Nesta quarta-feira, às 18 horas, uma outra reunião será realizada com os principais sindicatos da Baixada Santista na sede do Sindicato dos Petroleiros, em Santos. “Independentemente dos piquetes ou da paralisação do transporte coletivo, a participação na Greve Geral é, acima de tudo, um ato de consciência política”.
 

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