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Corre que é tiro!!!

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 
O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Alex Oliva, parece mesmo decidido a inscrever seu nome na história da estatal que administra o Porto de Santos. Depois de chamar a atenção da comunidade portuária, bem como atrair todos os holofotes dos "Amaurys Juniors" locais e demais socialites de plantão por conta de seu luxuoso bólido blindado, a fera dá mais um importante passo para distanciar-se ainda mais de seus antecessores e ir garantindo o lugar mais alto na galeria dos mandatários da empresa.
 
De espírito aventureiro e aparente amante de emoções, o presidente que vem colecionando proezas agora volta suas habilidades naturais e vocações adquiridas ao longo de sua vitoriosa trajetória acadêmica e profissional para se aperfeiçoar na arte da guerra, ao matricular-se num curso básico de tiros em uma instituição de aprendizado do ramo.
 
Claro está que não estamos falando da monumental obra literária "A Arte da Guerra", escrita pelo célebre filósofo e estrategista Sun Tzu (544-496 a.C.), até porque, em análise dos mais mirabolantes e modernos planos, táticas e métodos de gestão traçados e implementados ao longo de quase um ano à frente da empresa, conclui-se facilmente que Alex Oliva está mais para Maxwell Smart, outra lenda da estratégia, ainda que às avessas, mais conhecido como o Agente 86.
 
Importante destacar que o conteúdo programático do curso, teórico e prático, inclui matérias de apresentação de armas nos seus mais variados tipos e calibres, peças e nomenclaturas, legislação penal e específica, regras de segurança, balística, fundamentos, conduta preventiva e as séries de disparos nos estandes de tiros em quantidade previamente ajustada, tudo devidamente acompanhado por instrutores qualificados.
 
Além da coincidência com a recente opção pelo uso do veículo dotado de material com resistência balística, o repentino interesse do mandatário pelo peculiar aprendizado vem chamando a atenção de todos, provocando elogios de seus correligionários e puxa-sacos de plantão, bem como causando grande preocupação e temor entre os habituais "contreiros" e desafetos.
 
Ainda que até o momento a autoridade policial do Município, Civil e Federal, não tenha registrado nenhuma queixa formal sobre qualquer suposta ameaça anônima recebida pelo homem forte da estatal portuária, as recentes atitudes de Alex Oliva revelam uma cisma e inquietação incomuns, que antecedem uma cada vez mais evidente obsessão por zumbis e fantasmas.   
 
Nesse sentido, entre os maldosos que se divertem com a desgraça alheia recrudescem os comentários de que a inquietação que tanto atormenta a frágil alma do presidente poderá levá-lo a determinar uma verdadeira onda de varredura nas dependências da empresa para identificar possíveis grampos telefônicos, algo semelhante ao recente episódio no Senado envolvendo a Polícia Federal. 
 
Os mais radicais garantem que a matrícula no curso teria sido inspirada no impagável Rambo, personagem imortalizado por Sylvester Stallone, de quem Alex Oliva seria fã de carteirinha, principalmente depois que o ator norte-americano escolheu a paradisíaca cidade de Mangaratiba e o Parque da Lage, localizados no Rio de Janeiro, terra natal do mandatário da Codesp, para filmar "Os Mercenários", filme de ação que ganhou a Framboesa de Ouro de tão ruim. 
 
E já que estamos falando da Cidade Maravilhosa, entre os que fazem parte do cotidiano de Alex Oliva há quem aposte que sua repentina motivação pela arte do "bang bang" se deve a uma antiga idolatria por um dos mais influentes políticos das terras cariocas, o temido deputado pistoleiro Tenório Cavalcanti, mais conhecido como o "Homem da Capa Preta". Nascido em Quebrangulo, Alagoas, ganhou no Rio de Janeiro baseando-se no atual município de Duque de Caxias, à época distrito de Nova Iguaçu, sendo eleito deputado estadual e federal.
 
Assim como Oliva, que com seus feitos e peripécias também vem ganhando fama longe de casa, Tenório colecionou afetos e desafetos. Assim como Oliva, adquiriu gosto pelas armas, em especial por sua inseparável metralhadora a quem apelidou de Lurdinha. Assim como Oliva, também circulava em um automóvel preto. Não blindado.
 

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