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Setor de infraestrutura deve atrair mais investimentos

Fonte: Diário do Nordeste
 
Companhias com atuação em infraestrutura estão no radar de grupos estrangeiros no Brasil. É o caso da TCP, empresa que administra o Terminal Contêineres de Paranaguá e tem o fundo americano Advent com 50% do negócio. Esse ativo, avaliado em R$ 5 bilhões, está à venda, apurou o Estado com fontes próximas ao negócio.
 
A primeira opção dos controladores é a abertura de capital da companhia. Mas, se as condições de mercado não estiverem favoráveis, a venda de 100% do negócio será a alternativa, afirmam fontes próximas ao negócio. Os bancos BTG e Morgan Stanley foram contratados para coordenar a transação. "Há interesse de diversos investidores estrangeiros e nacionais, sobretudo asiáticos", disse uma fonte ligada à companhia. As negociações ainda não avançaram, mas os acionistas estão sendo procurados por diversos investidores - entre eles, operadores portuários. Procurada pela reportagem, a empresa não comenta. A TCP é o segundo maior terminal de contêineres da América do Sul. A atuação do terminal é complementada pela TCP Log, que oferece serviços de integração da cadeia logística.
 
Concessões
 
"A chave para o montante de investimentos vai ser o interesse pelas concessões (públicas) e as privatizações. Se o programa for desenhado para atrair o investidor estrangeiro, podemos ver a entrada de mais de US$ 30 bilhões até o fim da gestão desse governo", diz o banqueiro Ricardo Lacerda, do BR Partners. Segundo ele, os fundos de private equity se retraíram com ambiente extremamente volátil. Mas, com a recente estabilização, voltaram a olhar o Brasil com muito interesse. "A despeito da crise econômica, o Brasil é hoje um dos maiores mercados consumidores do mundo, onde qualquer investidor global tem a obrigação de estar presente".
 
Para Alexandre Bertoldi, gestor do Escritório Pinheiro Neto, um dos maiores do País, à medida que as incertezas econômicas e políticas se dissiparem, os negócios antes represados podem ser destravados.
 
Nas próximas semanas, o fundo de investimento americano Catterton deve anunciar a compra de uma fatia relevante do grupo varejista St Marche, com atuação em São Paulo, conforme antecipou o Estado. A aquisição deverá incluir uma participação no Empório Santa Maria e também na rede italiana Eataly.
 
Esse fundo, que tem ativos em varejo de alimentos, bebidas e restaurantes nos EUA, aposta na retomada do crescimento da economia brasileira nos próximos meses e está disposto a olhar outros negócios de varejo no Brasil, segundo fontes de mercado financeiro.
 
Aquisições
 
A expectativa do mercado é de que o movimento de fusões e aquisições se intensifique após a definição do impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para agosto. "Os empresários estão esperando definições do governo sobre as futuras concessões e privatizações", diz um gestor de um grande fundo de investimento interessado em investir no País.
 

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