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Ajoelhou tem que rezar: Alex Botelho, o Lorde Santos

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio



Tomando emprestado a célebre e popularesca introdução do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, "nunca antes na história" da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) um mandatário aproveitou tanto as oportunidades e benesses inerentes ao importante cargo.
 
Prestes a completar três meses no comando da estatal portuária, o presidente José Alex Botelho de Oliva vem revelando suas múltiplas facetas desde que chegou a Santos em novembro passado. Suas constantes aparições em eventos culturais, gastronômicos, religiosos, benemerentes, esportivos e outros, além dos profissionais obrigatórios, já o alçaram a uma posição midiática de relativo destaque.
 
Ao melhor estilo "arroz de festa" o homem está em todas, atraindo cada vez mais os holofotes dos programas de TV destinados às celebridades e subcelebridades locais, bem como os flashes das colunas e redes sociais. Sem dúvida alguma, um fenômeno.   
 
Demonstrando especial atençao com a vida cultural e artística da Cidade, recentemente prestigiou o excelente acervo da exuberante Pinacoteca Benedito Calixto em visita as exposições “Imaginário Santista - A Cidade e os Artistas “ e “Melhor de Santos”, devidamente clicado pelos renomados colunistas de A Tribuna, Vera Leon e Márcio Barbuy.
 
No concorrido Baile Oficial de Santos, realizado no Mendes Convention Center, no último 23 de janeiro, Alex Botelho revelou ser um legítimo "pé de valsa", de fazer inveja ao personagem Frank Slade, vivido por Al Pacino no memorável filme Perfume de Mulher. Incentivado pelo companheiro de mesa, o ex-presidente da Codesp, José Di Bella Filho, o homem que está à frente da Autoridade Portuária local simplesmente monopolizou as atenções na pista de dança.   
 
Além do bolero, tango, pagode, MPB, axé e outros estilos que embalaram a noite de gala, logo após o farto jantar servido pela organização do evento Alex Botelho ainda teve gás para mostrar seu verdadeiro viés rockeiro sacudindo ao som do astro Lulu Santos.
 
Já no último final de semana, como bom presidente que é, fez questão de levar o sagrado nome da Codesp para a Passarela Dráusio da Cruz. Sob centenas de olhares incrédulos, ajoelhou-se para ser batizado com um banho de Espuma de Prata em cerimonial que lhe rendeu o título de Lorde Santos. Nada mais inusitado para o executivo que comanda o maior e mais importante porto da América Latina. Uma honraria sem precedentes na história da empresa. 
 
Findo o desfile, a presença do mandatário passou a ser especulada nas várias bandas que vem agitando os bairros da Cidade, entre elas a da Pompéia, seu reduto. Sua disputada participação foi também ventilada nas lendárias Raparigas do Último Gole, Segura no Bagre, Praça Maldita, e até mesmo na controversa, seleta e sempre polêmica Banda Embaixo do Boi.  
 
Membro da bateria das escolas de samba Unidos da Tijuca e União de Jacarepaguá, ambas do Rio de Janeiro, sua terra natal, como qualquer "bom vivant" carioca Alex Botelho pretende fechar com chave de ouro os festejos de Momo em plena Sapucaí, na qual afirmou já ter desfilado pela São Clemente,e disso ninguém duvida.
 
Oportuno destacar que a cidade de Santos será homenageada pela Acadêmicos do Grande Rio, não por acaso a escola de samba que há anos é oficialmente patrocinada pelo Grupo Libra, empresa que mantém um dos mais concorridos e fartos camarotes do sambódromo, frequentado por executivos, políticos e autoridades ligadas à navegação.
 
Sendo assim não será nenhuma surpresa a presença do folião Alex Botelho por aquelas bandas, restando apenas saber se irá ou não se ajoelhar para rezar e cantar o samba-enredo dos Torrealba, acionistas majoritários da Libra Terminais, a mesma que há 17 anos trava com a Codesp um dos mais antigos conflitos judiciais do segmento portuário, cujo valor da ação é estimado em R$ 1 bilhão. É aguardar para saber o resultado dessa complexa apuração.
 
Enquanto isso, por questões óbvias o combalido Unidos do Turnão Sem Hora Extra, bloco carnavalesco formado pelos empregados da Codesp, sequer conseguiu sair do barracão. Enfim, bumbum praticumbum prugurundum - o nosso samba minha gente é isso aí !!!!!
 

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