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Multiterminais prepara-se para novo cenário

Fonte: Guia Marítimo
 
Confira as etapas do plano de expansão e modernização do grupo, que pretende aumentar a capacidade de movimentação para até 1 milhão de Teus
 
Diante da mudança estrutural que vai alterar os serviços dos portos brasileiros após a chegada dos grandes navios que vêm em busca de mais escala, os equipamentos disponíveis nos terminais precisarão acompanhar as tendências e antecipar a nova demanda. Com vistas ao processo de mudança que já começou, o Grupo Multiterminais recebeu, no Terminal de Contêineres MultiRio, um novo Portêiner Super Post-Panamax e 4 novos RTGs Full Electric. A entrega foi feita em janeiro, e chegou transportada por navios do próprio fabricante, a chinesa ZPMC, maior indústria de guindastes portuários do mundo.
 
“As aquisições fazem parte do plano de expansão dos Terminais do Grupo Multiterminais no Porto do Rio, que visa atender a futura demanda, aumentando a eficiência, espaço e melhorando os serviços”, explicou Paulo Klien Vega, Gerente Comercial do Grupo Multiterminais.
 
O Portêiner, também conhecido como STS (Ship-to-shore crane), entrará em operação em março. Com altura de 115 metros, equivalente a um prédio de 38 andares, pesa 1.500 toneladas, o equipamento portuário tem capacidade para erguer 65 toneladas de carga, podendo movimentar 2 contêineres ao mesmo tempo e movimentar contêineres nos maiores navios atualmente em operação. Enquanto muitos portos brasileiros ainda estudam uma forma de atualizar os equipamentos em operação, que têm alcance insuficiente para fazer o carregamento completo dos meganavios sem a necessidade de manobras, o novo Portêiner tem alcance de 22 filas no convés e está apto a operar navios com capacidade de até 15.000 Teus (48,20m de boca). “Não há necessidade de manobra para os navios atuais, e tampouco para os navios futuramente aguardados em nosso Terminal)”, confirma Paulo Klien Vega.
 
Os 4 Novos RTGs (Rubber Tyred Gantries) também entrarão em operação em março deste ano. Os equipamentos têm capacidade para erguer 40 toneladas de carga, empilham seis alturas de contêineres por seis contêineres de largura, formando pilhas com densidade de unidades três vezes maior que a operação tradicional com empilhadeiras.
 
Apesar do mercado em retração e a diminuição do movimento registrada pelo terminal em 2015, Paulo Vega conta que o Grupo Multiterminais tem investido fortemente na expansão do cais, construção de novas edificações e na compra de novos equipamentos. No total, os investimentos chegam a cerca de 590 milhões de reais, dos quais aproximadamente 360 milhões já foram realizados: as obras de expansão do cais já foram concluídas e licenciadas.
 
Com os novos 550 metros de cais, a Multiterminais fez com que a linha de cais dos terminais de veículos e contêineres chegasse a 1160 metros de extensão, acrescidos de dolphin de amarração e atracação para navios RO-RO. Além disso, o terminal espera concluir, em março, a construção de três novos armazéns, com cerca de 20.000m2 de área total.
 
A terceira parte do plano de expansão inclui um edifício garagem, que já está já se encontra na fase de início de obras, com o qual a Multiterminais pretende verticalizar a armazenagem de veículos, aumentando em 71% a capacidade atual, em área fisicamente menor. “Nossa meta é aumentar a produtividade por navio dos cerca de 70mph atuais para 100mph. Após a conclusão das nossas obras, e com a compra de equipamentos adicionais, teremos capacidade para 1 milhão de Teus”, completa Paulo Vega.
 
Faz parte do plano de expansão do Grupo Multiterminais também, a aquisição de outros portêineres e RTGS, um plano que a empresa mantém com foco na sustentabilidade: os RTGS são totalmente elétricos, contribuindo para a redução da emissão de CO2 advinda da substituição das empilhadeiras a diesel.
 
Entre as maiores operadoras de terminais portuários e portos secos do Brasil, a Multiterminais implantou o primeiro Terminal Retroportuário Alfandegado no Brasil há 30 anos, em 1986, em área contígua ao Porto Público do Rio de Janeiro, quando o porto ainda era operado pela CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro. Hoje, a empresa opera dois Terminais Marítimos no Porto do Rio de Janeiro: Terminal de Contêineres MultiRio e Terminal de Veículos MultiCar, além dos três Portos Secos/CLIAs: (Rio de Janeiro, Juiz de Fora e Resende), dois Centros de Operações Logísticas em Resende (RJ) e Juiz de Fora (MG) e Armazéns Gerais.
 
Os principais produtos manuseados pelo terminal são do setor automotivo, siderúrgico e farmacêutico/químico (principalmente da Europa) e destinados aos estados do RJ e MG.
 

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