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SINDICATO cobra Codesp sobre aumento salarial e retroativo

Fonte: AssCom Sindaport / Gisele de Oliveira 



O presidente da Codesp, Angelino Caputo, afirmou que não medirá esforços para atender o pedido do SINDAPORT para pagar o retroativo até o dia 15 de agosto, mas acredita que terá dificuldades devido ao curto espaço de tempo. O compromisso foi dado pessoalmente ao presidente do SINDICATO, Everandy Cirino dos Santos, que esteve reunido com o mandatário da Companhia. 
 
"As negociações somente estarão finalizadas 100% quando o pagamento for efetuado. Solicitei ao presidente da Codesp a viabilidade de pagar o aumento no dia 31/07 e o retroativo até o dia 15/08. Aguardamos o pagamento por meio de uma folha suplementar", explicou o dirigente sindical, ressaltando que agora a formalização do acordo coletivo é realizada eletronicamente para o Ministério do Trabalho. 
 
A minuta do acordo coletivo já foi aprovada em reunião de Direx. E o Sindicato também já recebeu o documento que está em conformidade com o proposto pelo ministro de Portos, Edinho Araújo. No entanto, em outros portos do país a situação é bem diferente da enfrentada pelos portuários de Santos. 
 
A Federação Nacional dos Portuários convocou uma reunião com representantes dos sindicatos portuários para discutir os entraves para a celebração do acordo coletivo. "Ao contrário de nós, há muitos portos que não possuem acordo vigente, por conta de pendências com a Companhia Docas ou com o Dest", explica Everandy Cirino. 
 
Acordo
 
No final de junho, a Secretaria de Portos, a Federação Nacional dos Portuários e vários sindicatos de trabalhadores de portos assinaram na um acordo salarial histórico, que pela primeira vez reuniu todas as sete Companhias Docas, que administram portos no Brasil.
 
Para a viabilização do acordo, válido por dois anos, foi acertado que ficavam vigentes as cláusulas dos acordos anteriormente assinados. Além do reajuste 8,47% retroativo à data-Base de 1º de Junho, equivalente ao percentual do IPCA acumulado em 12 meses. O reajuste de 2016 será de 2% em 1º de janeiro e eventual recomposição referente à inflação acumulada no período em 1º de junho de 2016. 
 
Desde da época da extinta Portobrás não se assinava um acordo semelhante. No entanto, para que se chegasse a esse desfecho, os empregados da Codesp tiveram que anunciar uma possível greve em conjunto com trabalhadores de outros portos. 
 
"A dificuldade de negociação com a Codesp e o não reconhecimento da data base fizeram com que nós deflagrassemos a greve. Porém, a possibilidade de uma paralisação em todos os portos do pais, fez com que o Governo convocasse os sindicatos para uma audiência em Brasília, que culminou com a formalização do acordo", lembra Everandy Cirino. 
 
Histórico 
 
Desde abril, o Sindaport buscava negociar com a Codesp a Campanha Salarial 2015, pois a data base dos mais de 1.400 empregados é 1º de junho. No entanto, a Companhia não quis reconhecer a data base dos portuários e ofereceu apenas 5% de aumento, o que não foi aceito pelos sindicatos representantes de trabalhadores da empresa. 
 
Prevendo uma negociação dificil, o Sindaport e os demais sindicatos chamaram a categoria e todos juntos decidiram cruzar os braços no dia 29 de junho. No entanto, como portuários de outras companhias docas do país também estavam com dificuldade de negociação, o líder do Sindaport anunciou a possibilidade de uma greve nacional. A Codesp então chamou para mais uma negociação e ofereceu 8% de aumento,
 
O assunto foi discutido então em Brasília com a Federação Nacional dos Portuários. E o ministro de Portos Edinho Araújo realizou uma audiência com os sindicalistas, que aproveitaram para expor as dificuldades enfrentadas na Campanha Salarial 2015. 
 
Diante do impasse que poderia paralisar os portos de todo o país, o Governo decidiu fechar um acordo inédito com todas as Companhias Docas do país. 
 
Após muita negociação, a proposta apresentada pelo Governo foi a seguinte : acordo coletivo por dois anos, reajuste retroativo à data-base de 1º de Junho, equivalente ao percentual do IPCA acumulado em 12 meses; reajuste de 2016 de 2% em 1º de janeiro e eventual recomposição referente à inflação acumulada no período em 1º de junho de 2016; além da manutenção das atuais clausulas do acordo coletivo. 
 

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