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24/01/2018 - 04h15

Diretores do Sindaport vistoriam postos da Gport e encontram várias irregularidades


Fonte: AssCom Sindaport / Gisele de Oliveira

 
Diretores do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária) percorreram o Porto de Santos para verificar postos e bases da Guarda Portuário. O objetivo foi verificar a situação dos locais de trabalho da categoria.
 
O resultado da conversa com os guardas portuários está em um relatório elaborado pelos diretores Marcelo Magalhães e Sinval Nascimento B. de Santana e que já foi entregue ao gerente operacional da Guarda Portuária, Wagner Pinheiro de Almeida.
 
No documento é citado que em todos os postos de fiscalização faltam armários para que os guardas acomodem seus equipamentos de segurança, como colete balístico e cinto de guarnição, bem como objetos pessoais.  Como o guarda não pode deixar o posto para fazer sua refeição, ela deve ser feita no próprio local, porém, o lugar não e adequado.
 
Os diretores constataram que os postos não possuem toldos (cobertura) para proteger os usuários do porto durante atendimento em dias de chuva, por exemplo. Como também faltam películas escuras nos vidros dos postos, o que no entender dos diretores do SINDICATO, comprometem a segurança dos guardas.
 
Os postos também estão sem estrutura de mobiliário, com muitas mesas quebradas, e o pior, ventiladores não são limpos pela empresa contratada pela Codesp para a limpeza porque os funcionários alegam que “limpar os ventiladores” não faz parte do contrato.
 
De todos os postos visitados, os diretores destacam que alguns necessitam de mais atenção, como os gates 3, 21 e 23.
 
“O Gate 03 é extremamente pequeno e o guarda ainda divide espaço com o servidor do sistema eletrônico de acesso”, consta no documento. Já sobre o Gate 21, os diretores ressaltam que, além do péssimo estado de conservação, há muitas infiltrações. E no Gate 23, eles verificaram que os materiais de limpeza dividem espaço com os eletrodomésticos e o banheiro não tem janelas.
 
BASES
 
As bases também foram vistoriadas pelos diretores Magalhães e Sinval, que constataram mais irregularidades.
 
Segundo os diretores, as instalações são inadequadas para que o mesário de cada base possa armazenar e controlar os equipamentos, pois rádios e acessórios, como carregadores, baterias reservas e lanternas ficam em balcões de fácil acesso a todos.
 
Também foi constatado que na Base 1, que fica na rua General Câmara, faltam trancas eletrônicas nos portões e câmeras de segurança.
 
Já na Base do Patrulhamento Marítimo, há muita umidade e infiltrações e faltam tomadas para que sejam feitas as recargas do rádio, por exemplo. “Também verificamos que os guardas estão em desacordo com a legislação vigente, pois a habilitação não permite que eles pilotem as lanchas”, disse Sinval.
 
Outra base em estado precário é a de número 4. Mato alto, falta de iluminação, cercas quebradas e câmeras insuficientes que não permitem o monitoramento adequado da área.
 
A falta de treinamento e de cursos de reciclagem para os guardas portuários também foram apontados no documento.
 
“Entendemos que as demandas necessitam de certo tempo e planejamento para execução, porém, estamos à disposição para qualquer esclarecimento”, finaliza o diretor e guarda portuário Magalhães.