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09/01/2017 - 03h41

Codesp começa o ano com o pé esquerdo


Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 
A julgar pela matéria veiculada no jornal A Tribuna, na edição da última sexta-feira (06), sob o título "PAM fará vistorias em terminais portuários - Simulado ocorrerá na Ilha Barnabé", a direção da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) apresenta seu cartão de visitas para 2017 e começa o ano novo com o pé esquerdo.
 
Isto porque, a notícia de que a estatal portuária pretende contratar bombeiros civis terceirizados para o atendimento de ocorrências no cais santista foi mal recebida pelos colaboradores da empresa, com destaque para os lotados na Guarda Portuária, e mais ainda pelos dirigentes do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport).
 
A intenção da empresa está sendo encarada pelos trabalhadores como uma afronta diante da séria ameaça de terceirização de serviços que há anos são realizados pelos membros da antiga corporação. "Soltar uma nota dessas foi seguramente um ato de irresponsabilidade, sobretudo pelo clima de insatisfação e intranquilidade que acabou gerando na categoria", reclamou o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos.
 
Segundo o dirigente, desde as primeiras horas da manhã os telefones do Sindicato foram acionados com dezenas de chamadas dos colaboradores da estatal questionando a nota e pedindo providências da entidade representativa. "Foi assim durante o dia inteiro, mas logo cedo acionamos o nosso departamento jurídico para uma consulta sobre a legitimidade ou não da Codesp poder promover uma mudança dessa magnitude uma vez que a Guarda Portuária está prevista no marco regulatório do setor (Lei nº 12.815/13)."
 
Para Cirino, a iniciativa não é novidade considerando que a empresa, no início dos anos 2000, tentou terceirizar as atividades atribuídas aos guardas portuários, sem sucesso. Na ocasião, o poder de mobilização da lendária categoria aliado a uma atuação incisiva das lideranças do Sindaport junto aos tribunais, autoridades do seguimento, políticos e demais agentes envolvidos se constituíram em fatores determinantes para o recuo da estatal portuária.
 
De acordo com o sindicalista, uma nova ação judicial contra a empresa e até mesmo a paralisação das atividades no complexo santista já estão sendo consideradas pelas lideranças do Sindaport e trabalhadores. "Vamos aguardar o posicionamento do nosso corpo jurídico, bem como do Ministério Público e demais autoridades consultadas para sabermos quais os próximos passos e providências que adotaremos contra essa ou qualquer outra ameaça de terceirização dentro da Codesp", concluiu.