Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 

Muitos falam que o brasileiro é um povo sem memória, e em parte isso talvez seja mesmo verdade. Não por acaso, há anos a máxima popular vem sendo adotada pelos diversos presidentes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), em especial desde a criação da Secretaria de Portos (SEP), em 2007.

 

Para o leitor mais atento, portuário ou não, basta refrescar a memória e observar a infinidade de anúncios e promessas, algumas mirabolantes e até mesmo surreais, feitas pelos homens que se sucedem à frente da Codesp, empresa estatal que administra o maior e mais importante porto do País.

 

De fazer inveja ao inesquecível Pantaleão, personagem criado e imortalizado pelo humorista Chico Anísio, os "caôs" vêm se multiplicando diante de uma simples oportunidade ofertada pela mídia. E aí, para aparecer nos telejornais, programas radiofônicos, jornais e publicações especializadas, vale prometer tudo.

 

"Vamos resgatar os muitos projetos, programas, estudos e obras que foram anunciadas e prometidas com toda pompa, mas que infelizmente jamais saíram do discurso e sequer chegaram no papel", disse o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos.

 

Ele garante que os "migués" abordam temas de interesse do Porto de Santos. "Vão desde a dragagem, logística, acessos, túnel, concursos, treinamento e qualificação profissional, plano de desligamento voluntário, passando por berços de atracação, costado, remoção de pedras e naufrágios, além de outras historinhas para boi dormir", afirmou.

 

O sindicalista esclarece que, além dos presidentes da Codesp, boa parte das lorotas são atribuídas aos ministros que estiveram à frente da SEP desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.518, normatizando a questão portuária nacional.

 

Para mensurar o tamanho da falta de credibilidade atribuída aos mandatários, da Docas paulista e da SEP, a direção do Sindaport está preparando um farto material jornalístico contendo as pérolas pantaleônicas daqueles que fizeram de seus respectivos cargos um grande palanque para discursos escritos nas páginas da falácia.