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09/09/2015 - 00h31

Guarda Portuária merece um comando à altura de sua grandeza


Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio



Originária da antiga Roma Antiga desde os tempos do lendário imperador Júlio César, a máxima de que todo soldado tem direito a um comando competente parece mesmo não ser do conhecimento do superintendente da Guarda Portuária da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). 
 
Por ser recorrente tal insciência é bastante conhecida não apenas pelos membros da lendária corporação e demais empregados da estatal, mas principalmente pelos diversos agentes da comunidade portuária que interagem cotidianamente com a Codesp, o que, convenhamos, depõe contra a já combalida imagem da empresa.
 
Habitual na desobediência, inépcia e descaso com a questão hierárquica, sobremaneira diante das diversas portarias da Secretaria de Portos (SEP) que tratam da elaboração do regimento interno da GP, além de outras, o dito cujo vem subvertendo a ordem natural das coisas ao tentar se parecer com um verdadeiro agente do DOI-CODI em tempos de democracia, uma vez que até para isso lhe falta competência.
 
Com uma gestão pautada pela intimidação, constrangimento, ameaças, imposições, cerceamento e outros atos discriminatórios e abomináveis nos dias de hoje, o inábil tirano não vem medindo esforços para atingir seus objetivos.
 
Ao convocar coordenadores, chefes de seção e outros para uma simples reunião, o déspota revela todo seu autoritarismo opressor ao questionar se os mesmos carregam gravadores, escutas e aparelhos semelhantes. Não satisfeito, porém ciente do irregular procedimento, determina que os aparelhos celulares sejam deixados do lado de fora do recinto para que imagens e diálogos não seja registrados. 
 
A estratégia, de causar inveja ao falecido delegado Sérgio Paranhos Fleury, se tornou comum na correlação mantida pelo tal superintendente (gafanhoto, é bom que se diga) com os demais profissionais da companhia em seus mais variados níveis hierárquicos.
 
De forma pouco amistosa e em alguns casos truculenta, informa os convocados que ele próprio estará promovendo a troca do horário (de 6 para 12 horas), sugerindo quase sempre de forma ameaçadora a tácita concordância mediante assinatura em documento específico, alertando, por fim, que o não aceite implicará na substituição da vaga por outro colaborador que concorde com a condição "ofertada".
 
À rigor, a postura que se pretende apresentar como ameaçadora apenas retrata o tamanho do despreparo profissional, o qual seguramente ensejará sérias consequências para Codesp não só na esfera administrativa, mas sobretudo na judiciária, para onde os "diálogos de alcova" serão levados e esclarecidos em ação movida por este Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport). 
 
No bojo da malfadada reestruturação organizacional implementada pela Codesp no último dia 1º, o "sábio" superintendente reduziu o número de cargos de coordenador, encarregado e chefe de serviço da Guarda Portuária (operacional), bem como promoveu o pessoal do setor administrativo com as vagas remanescentes do quadro da própria corporação.
 
Adepto do Princípio de Peter (Laurence J. Peter / 1919-1990), estudo que trata da incompetência nas organizações hierárquicas, o gafanhoto mandatário da corporação desencadeou uma onda de promoções pelas quais engenheiros foram transformados em coordenadores de si próprios, além de administradores, técnicos portuários e até mesmo uma secretária que será encarregada dela mesmo. É mole? É mole, mas sobe, como ensina o mestre José Simão, da Folha de S. Paulo. 
 
Levando-se em conta que essa esbórnia administrativa tem a chancela do presidente da Codesp, Angelino Caputo, da SEP e da eficiente e preferida Consultoria Deloitte, conclui-se que o aterrorizador superintendente tem carta branca para mandar, desmandar, fazer e acontecer, soltar, prender, pendurar, dar choque, afogar e etc., tudo em nome de um novo organograma. O sujeito é mesmo uma fera, tal qual o leão que mia.
 
Por seu histórico de realizações ao longo de décadas e por sua relevância para o Porto de Santos, os guardas portuários da Codesp merecem muito mais do que um despreparado e trapalhão Sargento Garcia no comando.