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7,2 milhões de pessoas passam fome no Brasil, mostra IBGE

Fonte: Valor Econômico

A ameaça da fome no país em 2013 foi mais frequente entre a população mais jovem; não branca; e vivente na zona rural. É o que mostrou, nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao anunciar o suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013).
 
O instituto calcula que em torno de 52,05 milhões de pessoas passavam por algum tipo de insegurança alimentar em 2013 – dos quais 7,2 milhões eram do tipo mais grave. Nesse último universo, o instituto forneceu detalhes sobre como os domicílios com insegurança alime ntar grave afetavam a população brasileira por idade.
 
Em 2013, as maiores parcelas no total da população que sofriam com insegurança alimentar grave, ou seja, com risco de falta de recursos para comprar comida e ameaçados pela fome, foram encontradas entre crianças de 0 a 4 anos (4,8% do total desse período etário) e criança e adolescentes de 5 a 17 anos (5%). Essas duas faixas etárias representavam em torno de 2,73 milhões de pessoas, em números absolutos.
 
O IBGE apurou ainda que, a insegurança alimentar grave respondia por parcelas menores em outras faixas etárias da população, com 3,2% da população entre 18 a 49 anos; 3,2% dos que tinham entre 50 a 64 anos; e 2,4% do total de pessoas com idade acima de 65 anos.
 
Ao mesmo tempo, ao se cruzar os aspectos de raça com o problema de insegurança alimentar, o instituto identificou que 1,9% de residentes que se declararam com raça branca sofriam de insegurança alimentar grave. Essa parcela foi em torno de três vezes superior entre os da raça preta e parda (5%); e amarela ou indígena (6,3%).
 
O levantamento mostrou ainda que, do total de 93,2 milhões de moradores brancos, 17,2% conviviam com a insegurança alimentar. Para 106,6 milhões de moradores pretos ou pardos, este percentual subia para 33,4%.
 
O instituto identificou ainda diferenças entre zona rural e urbana, no que concerne às parcelas da população que passam por problemas de insegurança alimentar grave em 2013. Essa classificação atingia 3,1% da população da zona urbana; e praticamente o dobro, 6,3% da população da zona rural, no ano passado.
 
Para o Brasil, urbano ou rural, quanto maior o nível de escolaridade dos moradores, menor a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave. O instituto apurou também que, em 2013, 13,7%  dos  moradores  com um a três anos de estudo estavam em situação  de  insegurança  alimentar moderada ou grave. Para aqueles com 15 anos ou mais de estudo, o percentual era de apenas 1,2%.
 

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