Artigos e Entrevistas

Hudson Carvalho: Mão de obra e desenvolvimento profissional

Fonte: A Tribuna On-line / Hudson Carvalho*
 
Criar caminhos para o próprio desenvolvimento profissional parece ser um bom caminho
 
“Conhece-te a ti mesmo” - Sócrates (O Filósofo, não o Atleta)
 
Filosofando? Não!
 
Você vai entender onde quero chegar. Esse é um texto sobre Desenvolvimento Pessoal e seus pontos críticos: autodesenvolvimento e autoconhecimento. Em tempos em que a única certeza que temos são as mudanças em si, criar caminhos para o próprio desenvolvimento profissional parece ser um bom caminho. Afinal, em quem devemos confiar em primeiro lugar, senão em nós mesmos?
 
Vamos focar na mais importante das mudanças que deve ocorrer no setor portuário: a expectativa de desestatização da administração, movimento que completa o anterior, que tornou as operações portuárias, processadas por empresas privadas já há muito tempo. É um grande movimento por si só. As autoridades portuárias são muito mais do que simples (se isso fosse simples) síndicas do condomínio ocupado pelos operadores portuários, responsáveis apenas por zelar pelo espaço físico e instalações ocupadas pelo Porto Organizado.
 
Podemos esperar por processos de trabalho, que entreguem maior qualidade, menor custo e ciclo operacional e por aspectos ainda mais sofisticados, como ESG (Environmental, Social e Governance). Em bom português, haverá um expressivo número de projetos acontecendo nas áreas de sustentabilidade, conservação e desenvolvimento de alternativas energéticas, responsabilidade social e outros ligados ao relacionamento entre acionistas, fiscalização e agências reguladoras.
 
Vamos começar pelo autoconhecimento. Enquanto empresas e entidades portuárias estiverem oferecendo oportunidades de qualificação profissional aos diversos níveis - do operacional à alta gestão, passando pelas funções técnicas e administrativas - será mandatório que o trabalhador portuário (vinculado e avulso) compreenda esse cenário e, mais importante, queira participar.
 
Um detalhe importante: sozinho, será mais difícil ao trabalhador portuário compreender o processo de “querer”. Será fundamental, a ajuda, de atores importantes nesse processo, como os sindicatos, ajudando-nos a construir o convencimento necessário sobre quanto é importante que cada um assuma o todo ou parte de seu próprio desenvolvimento profissional e, por consequência, a continuidade das categorias profissionais.
 
Entidades patronais contribuirão muito se conseguirem tornar mais claros os rumos do setor, ajudando-nos a compreender quais serão as tecnologias e processos que deveremos aprender para sermos profissionalmente viáveis nas empresas portuárias.
 
Dito isso, vamos falar de autodesenvolvimento, esforço pessoal que nos torna mais capazes profissionalmente falando, na medida em que aumentamos no nosso leque de competências (técnicas e comportamentais), habilidades e comportamento. Auto desenvolver-se é sair da zona de conforto. É assim que nos tornamos capazes de gerar maiores e melhores resultados para as organizações em que trabalhamos.
 
Para que exista, é necessário que cada um de nós seja profissionalmente curioso e proativo. Capaz de desenvolver novos hábitos no trabalho e avaliar sem cessar o ambiente à nossa volta e os casos de sucesso que ocorrem. Como vimos, manter a empregabilidade é muito mais do que vã filosofia. Ter trabalho dá muito trabalho. Ainda bem.

*Hudson Carvalho, especialista em Recursos Humanos (RH)
 

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