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Sem renovação do acordo coletivo doqueiros ameaçam greve no dia 28

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 
A direção do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) elaborou um calendário de procedimentos administrativos e ações que poderão culminar com a paralisação do Porto de Santos, caso a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não renove o acordo coletivo de trabalho dos seus quase 1.500 empregados até o final desde mês.
 
Na programação da entidade sindical estão previstas a realização de uma mesa redonda, já agendada para a próxima sexta-feira (18), na Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Santos (GRT/Santos), assim como de uma assembleia em caráter permanente, na noite do dia 23, que terá como pauta a votação para aprovação ou não da greve.
 
Caso a suspensão das atividades seja aprovada pela categoria, na manhã do dia seguinte o Sindaport dará fiel e estrito cumprimento aos termos estabelecidos na Lei de Greve (nº 7.783/89) e encaminhará ofício à Codesp notificando o início do movimento paredista a partir das 7h do dia 28.
 
Já na sexta-feira (25) o Sindicato estará publicando na mídia local um aviso de greve destinado aos usuários em geral do complexo portuário. Por derradeiro, na noite de domingo (27), véspera da possível paralisação, a categoria se reunirá em nova assembleia para definir as estratégias do movimento.
 
O presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, esclarece que a elaboração do calendário foi necessária uma vez que, durante esse período, as negociações com a empresa não evoluíram. "Os trabalhadores já deram sua cota de colaboração ao aceitarem prontamente a prorrogação do acordo coletivo pelo prazo de 90 dias solicitada pela Codesp, contados a partir de 1º de junho, data-base da categoria, todavia esse prazo está se aproximando do final sem qualquer avanço no processo negocial."
 
Na avaliação do sindicalista, ao concordarem com a dilação os colaboradores não só deram um voto de confiança à direção da empresa como também demostraram maturidade. "Os companheiros foram extremamente conscientes diante da instabilidade política e econômica que o país atravessa, entretanto, o fim do prazo solicitado se aproxima e a empresa precisa resolver esse impasse o quanto antes."
 
Apesar da mobilização em curso, o líder do Sindaport se mostra confiante. "Sabemos das dificuldades que a companhia enfrenta junto ao Governo Federal, além da sua sempre oportuna falta de autonomia, mas na qualidade de entidade representativa temos que colocar os interesses dos companheiros acima de tudo", disse Cirino, que aguarda um novo chamado da estatal para negociar a renovação do ACT e colocar um ponto final no impasse antes do dia 28.
 

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