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Baixada Santista perde 1.533 vagas de emprego em maio

Fonte: Estadão Conteúdo / A Tribuna On-line
 
Foram 7.650 admissões contra 9.183 desligamentos. O número de postos fechados foi superior ao registrado em abril

 
A Baixada Santista perdeu 1.533 vagas de emprego com carteira assinada no mês passado: foram 7.650 admissões contra 9.183 desligamentos. O número de postos fechados foi superior ao registrado em abril, quando 1.099 colocações foram eliminadas (7.216 contratações e 8.315 demissões). A região mostra situação pior do que a verificada no País, cuja tendência é de mais contratações.
 
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados na terça-feira (20). Das nove cidades, Santos (que tem a maior população economicamente ativa) foi a que mais perdeu empregos, com 436 vagas a menos (contratou 3.702 e demitiu 4.138). O único município da Baixada Santista com saldo positivo foi Peruíbe: 79 (298 admissões e 219 desligamentos). Não foram divulgadas informações por setores de trabalho.
 
No acumulado do ano (janeiro a maio), a Baixada Santista fechou 6.562 vagas, com 40.927 contratações e 47.489 desligamentos. Guarujá foi a que mais diminuiu colocações, com 1.785 posições fechadas. Peruíbe teve o menor número de fechamentos, 29.
 
A situação permanece ruim quando comparados os últimos 12 meses. Enquanto 98.420 pessoas foram admitidas, outras 113.162 foram demitidas – perda de 14.742 vagas.
 
Análise
 
Para o economista e professor da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Jorge Manuel de Souza Ferreira, o mau desempenho de setores importantes para a região contribuiu com o resultado adverso. Segundo ele, a atividade portuária, por exemplo, não reagiu como era esperado.
 
“A geração de empregos na Baixada está muito ligada ao Porto, que não está dando o resultado que se esperava, tem caminhado meio de lado. O volume de importações e exportações não tem crescido. Apesar de a safra ser escoada por aqui, são grãos, que agregam muito pouca mão de obra na exportação. Acho que esse é um dos fatores que pesam no resultado”, frisa o especialista.
 
O professor acredita que nem todos que perderam empregos estão sem trabalhar. Ferreira ressalta que deve ter ocorrido um aumento na informalidade, embora não seja possível mensurar. “É uma análise difícil de fazer, mas é o que acontece. Temos um índice de 30% de informalidade, mas que, em época de crise, chega a 40%, 50%”.
 
País
 
O Brasil abriu 34.253 vagas de emprego formal em maio, de acordo com os dados do Caged divulgados. O resultado decorre de 1.242.433 admissões e de 1.208.180 demissões. Esse foi o segundo resultado positivo seguido e o primeiro para meses de maio desde 2014, quando foram abertas 58,8 mil vagas. 
 
O resultado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast (da Agência Estado), que esperavam desde fechamento de 5 mil vagas a abertura de 49 mil postos, com mediana positiva em 19.187.
 
Nos cinco primeiros meses de 2017, há uma abertura de 48.253 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 853.665 vagas. O resultado mensal foi puxado pela agricultura, que gerou, sozinha, 46.049 postos formais em maio. Em seguida, tiveram desempenhos positivos o setor de serviços (1.989 vagas a mais), a indústria de transformação (1.433 postos criados) e a administração pública (criação de 955 vagas).
 
Tiveram saldo negativo comércio (-11.254 postos), construção civil (-4.021 vagas), indústria extrativa mineral (-510 postos) e serviços industriais de utilidade pública (-387 postos).
 

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