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Usiminas finaliza cortes de pessoal em usina em SP

Fonte: Reuters 
 
A Usiminas praticamente concluiu o processo de demissão de pessoal em sua usina siderúrgica em Cubatão, no litoral de São Paulo, com corte de 1.400 funcionários diretos desde o início do ano e parada na produção de aço, afirmou o sindicato local nesta quinta-feira.
 
"Eles começaram a demitir em 19 de janeiro (...) já demitiram 1.400 funcionários diretos. Nos indiretos, os cortes já passaram de 3 mil", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos e Região, Florêncio Rezende de Sá.
 
Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que iria desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A parada na produção exige corte de 2 mil funcionários diretos, segundo a empresa.
 
A usina de Cubatão deixou de produzir aço no início deste ano, afetando também outras indústrias como a Votorantim Cimentos, que consome escória siderúrgica para produção de cimento e vai desmobilizar sua fábrica na região para transformá-la em um centro de distribuição.
 
Segundo Sá, as atividades de laminação da usina da Usiminas em Cubatão estão operando em ritmo "muito lento" diante de escassez de placas para serem laminadas.
 
Procurada, a Usiminas informou que dos cerca de 2 mil trabalhadores que tinha como meta de corte, conseguiu remanejar 300 para outras áreas da usina, incluindo laminação e terminal portuário. A empresa informou ainda que fez encomenda no início do ano de placas para abastecer sua laminação junto à Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), instalada no Rio de Janeiro e controlada pela alemã ThyssenKrupp.
 
As ações da Usiminas exibiam forte queda nesta quinta-feira, recuando mais de 8 por cento às 16h30, em meio a um recuo generalizado do setor siderúrgico e queda de mais de 3 por cento do Ibovespa.
 
Entre o final de janeiro e início deste mês, as três maiores agências de classificação de risco, Moody's, Standard & Poor's e Fitch, reduziram as notas de crédito da Usiminas, mantendo perspectiva negativa sobre a situação financeira da companhia.
 

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