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Suicídios na Guarda Portuária

Fonte: Sindaport / Edilson de Paula Machado

 
Lamentavelmente, dezembro de 2015 ficou marcado por mais um caso de suicídio cometido por um funcionário da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) lotado na Guarda Portuária.
 
Tendo em vista que nos últimos anos este foi o quinto caso de suicídio ocorrido na importante corporação, o Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) encaminhou o ofício P.1/2016 ao diretor-presidente da Codesp, José Alex Botelho de Oliva, solicitando que a empresa mantenha um setor de assistência social e psicológica voltado, especificamente, para atender os integrantes da Guarda Portuária, considerando as peculiaridades, características e especificidades de suas atribuições.
 
O Sindaport sugere que na realização do obrigatório exame médico periódico, todos os guardas portuários sejam previamente avaliados por um profissional da área da Psicologia, devidamente qualificado e especializado em identificar sintomas no ambiente organizacional que possam levar os profissionais ao estresse e transtornos decorrentes do labor sob pressão, aos quais são submetidos cotidianamente. 
 
Vale destacar que os integrantes da Guarda Portuária trabalham armados em turnos ininterruptos, atuando como legítimos guardiães do complexo portuário com o auxílio da Polícia Federal.
 
Diante desse quadro, objetivando equacionar o grave problema e colaborar para que outros eventos fatídicos não mais aconteçam, o Sindaport entende que o acompanhamento profissional médico/terapêutico, anual, mensal e até mesmo semanal, quando for o caso, poderá ser mais que oportuno.
 
O histórico nos leva a concluir que vivemos uma tragédia anunciada, pela qual todos sabem que se nada for feito o surgimento de uma próxima vítima é apenas uma questão de tempo. 
 
Assim sendo, esperamos que a Codesp adote as providências cabíveis e tome de uma vez por todas medidas eficazes e capazes de salvar vidas, uma vez que de nada adianta a empresa disponibilizar profissionais sem especialização.
 

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Comentários (1)

CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA MIGUEL
Data: 14/01/2016 - 23h06
Um pouco da culpa deve ser atribuída a esse regime de turnos de 6hs, que a Cia., na ânsia de cortar horas extras, impõe à Guarda e está impondo aos empregados da Atracação e da Fiscalização. É desumano, mexe com o relógio biológico do empregado, traz insônia, frustração e descontentamento com o trabalho. Lamentável.


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