Sindaport na Mídia

CAP começa a discutir reajuste de tarifas do Porto de Santos

Diário do Litoral, por Luigi Di Vaio 

Últimas correção, de 22,67%, ocorreu em maio de 2005

Acendeu a luz amarela no Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Santos: o órgão começou a discutir ontem a necessidade de reajustar as tarifas portuárias. O grupo responsável por tratar desse tema no conselho vai apresentar na reunião de fevereiro um estudo mais detalhado de como a Codesp poderá implantar o aumento de 58%, índice apresentado por técnicos da estatal. O presidente do CAP, Sérgio Aquino, afirmou que há duas propostas a serem estudadas: a aplicação imediata da correção do índice e o parcelamento do reajuste em três anos (reajustando cerca de 20% em cada ano). A primeira ideia é considerada a menos viável. Ainda segundo Aquino, o próximo encontro do colegiado (em fevereiro) poderá apresentar uma terceira alternativa. O último aumento das tarifas foi aplicado em 1º de maio de 2005 e foi de 22,67%. “Quando o CAP tomar uma decisão, vai levá-la para a Codesp, que a apresentará à Secretaria Especial de Portos (SEP). Só então a decisão voltará para o CAP para ser homolagada”.Outros portos do Brasil começaram a discutir no ano passado o reajuste das tarifas. Nenhum tem a defasagem tarifária tão grande como a do porto santista, o principal exportador e importador do País. Aquino apresentou outro elemento a ser considerado na discussão: a crise econômica mundial tende a diminuir a movimentação nos portos, propiciando uma disputa para a conquista de cargas. Por esse entendimento, um eventual aumento tarifário poderá resultar na perda de receita para a companhia Docas. O Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) vem há algum tempo mostrando preocupação com a falta de reajuste das tarifas. Para o presidente da entidade, Everandy Cirino dos Santos, a falta de reajuste nesse período revela nesse período revela que a Codesp não demonstrou nenhuma preocupação com a saúde financeira da empresa. O presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei da Silva, o Nei da Estiva, defende o reajuste rápido das tarifas. “O Porto de Santos está ficando sucateado. Essa discussão não pode se estender por mais um ano”.Carta ao ministro Se não houve entendimento no começo da discussão tarifária, houve consenso dos conselheiros com relação ao encaminhamento de um pedido ao ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino: a nomeação para a presidência do CAP de um dirigente identificado com a Cidade. A ideia foi apresentada pelo conselheiro Vicente do Valle. O pedido foi feito porque Sérgio Aquino já havia comunicado ao ministro a intenção de deixar o CAP, em razão de ser pré-candidato a prefeito pelo PMDB. Na visita feita a Santos, segunda-feira, Cristino disse precisar de 15 dias para tomar a decisão. O no me mais cotado para assumir a vaga de Aquino é o do secretário municipal de Planejamento, Bechara Abdalla, que já é conselheiro do CAP. O temor da classe portuária é da nomeação de um nome vindo de Brasília. Além de Bechara, outro nome muito ouvido na reunião de ontem do CAP foi o diretor de revitalização portuária da Secretaria Especial de Portos (SEP), Antônio Maurício Ferreira Neto. Ele já chegou a morar em Santos, mas está hoje em Brasília.

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