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Mais investimentos no Porto

Fonte: Editorial da Tribuna de Santos

Os novos arrendamentos poderá aproveitar uma grande expansão da produção do pré-sal
 
 
O aval do TCU do leilão – que será o maior arrendamento portuário dos últimos anos – deve atrair mais de R$ 1 bilhão em investimentos, segundo o MINFRA. A decisão da Corte é de extrema importância para o Porto de Santos, que assim vai conquistar mais recursos privados para se modernizar e aumentar sua movimentação. A realização da disputa ainda depende da Antaq, responsável pela publicação do edital com as regras da exploração dos lotes STS08 e STS08A. Portanto, espera-se que a Antaq trabalhe de forma célere, mas com todos os cuidados necessários para a elaboração de um edital perfeito para atrair investidores de peso experientes no setor e para evitar riscos de judicialização, que são muito comuns nesses processos de concorrência pública.
 
O Porto de Santos atualmente tem uma capacidade baixa para movimentar granéis líquidos, mas agora, com o leilão, existe a possibilidade de ampliá-la para aproveitar uma demanda crescente. De acordo com o secretário da SNPTA, Diogo Piloni, a disputa permitirá aumentar a capacidade dos terminais em 47%, com dois novos berços de atracação. A área já é operada pela Transpetro, subsidiária da Petrobras que escoa a produção das refinarias paulistas e distribui o gás liquefeito de petróleo (GLP) do Sudeste.
 
A concorrência, uma vez concluída, vai gerar grande aumento de receita à Autoridade Portuária de Santos. A administradora do complexo receberá dos futuros arrendatários, R$ 1,5 milhão mensais R$ 9,35 por tonelada movimentada, no caso do lote STS08. E também mais R$ 3,2 milhões ao mês mais R4 7,13 por tonelada de granel sólido pelo STS08A. Os dois lotes vão receber investimentos previstos de quase R$ 1,4 bilhão.
 
Os novos arrendamentos, uma vez concluídos, estarão prontos para aproveitar uma grande expansão da produção de petróleo e gás do pré-sal. Além da Petrobras avançar com a instalação de mais plataformas nas reservas gigantes que ela já opera na Bacia de Santos, na região limítrofe de São Paulo e Rio de Janeiro em alto-mar, a estatal fez uma série de desinvestimentos que atraiu outras petrolíferas para a costa paulista, como norueguesa Equinor. Esse movimento potencializa os negócios de petróleo e gás e aumenta de forma exponencial a demanda de serviços, inclusive a operação portuária de granéis líquidos e gasosos.
 
Esses leilões, assim que forem agendados pela Antaq vão se somar a uma série da infraestrutura que será realizada daqui para frente, incluindo aeroportos, estradas e saneamento básico. São negócios que dependerão de aportes maciços de capital em um momento favorável do mercado financeiro. Mas o sucesso desses investimentos vai depender também da gestão portuária e da agência reguladora. 
 

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