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Comércio exterior brasileiro tem superávit recorde de US$ 37,5 bi no primeiro semestre

Fonte: O Globo
 
Aumento da demanda mundial e recuperação da economia brasileira levam governo a aumentar projeção de saldo comercial para US$ 105,3 bi em 2021
 
 
Puxada pelo crescimento das exportações de commodities agropecuárias e minerais, a balança comercial brasileira registrou um superávit de U$ 37,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2021.
 
Foi o mais elevado saldo semestral da história, com um acréscimo de US$ 15,2 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado.
 
O valor é resultado da diferença entre US$ 136,7 bilhões em vendas ao exterior, com alta de 35,8%, e US$ 99,2 bilhões em importações, com uma expansão de 26,6%.
 
A alta no preço internacional das commodities, produtos primários com preços formados em bolsas no exterior, e o câmbio ajudaram. Nos seis primeiros meses de 2021, minérios de ferro e de cobre tiveram alta de 172,1% e 82,6% na exportação, respectivamente.
 
Café, produtos do complexo soja, açúcar, petróleo e siderúrgicos também se destacaram na performance exportadora.
 
As taxas de crescimento do comércio exterior brasileiro foram ainda mais expressivas em junho, quando as exportações superaram as importações em US$ 10,37 bilhões, o mais alto superávit mensal de 2021.
 
Exportações aumentaram 60% em junho
 
As vendas externas, de US$ 28,1 bilhões, subiram 60,8% ante o mesmo mês de 2020, e os gastos no exterior, de US$ 17,73 bilhões, aumentaram 61,5%.
 
O desempenho da balança comercial levou o Ministério da Economia a projetar um superávit de US$ 105,3 bilhões em 2021, com alta de 106% em relação a 2020. A estimativa anterior era de um saldo de US$ 89,4 bilhões.
 
As exportações devem atingir US$ 307,5 bilhões, com um aumento de 46,5%, e as importações US$ 202,2 bilhões, com um acréscimo de 27,3%. Se os números se confirmarem, o saldo no ano será recorde histórico.
 
Recuperação global ajudou Brasil, diz secretário
 
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou que a recuperação das economias internacionais ajudou o Brasil a vender mais seus produtos no exterior.
 
Ele ressaltou que o aumento dos embarques não ocorreu apenas para a China, mas também para outros mercados.
 
— Exportamos commodities para o mundo todo —disse Brandão, acrescentando que o crescimento das importações brasileiras, por outro lado, deve-se à retomada do crescimento econômico no Brasil.
 
China encomendou mais
 
Principal compradora de produtos básicos do Brasil, com ênfase para soja e minério de ferro, a China aumentou em 49,7% em junho e 37,8% no semestre as compras de bens brasileiros. As importações daquele país cresceram 57,6% em junho e 25,5% no semestre.
 
As exportações para a Argentina cresceram 70,7% em junho e 57,5% no semestre. As compras de bens daquele país também aumentaram 91,8% no mês passado e 40,9% nos seis primeiros meses do ano.
 
Outros destaques entre os parceiros comerciais foram Estados Unidos e União Europeia (UE). De janeiro a junho, o Brasil vendeu 33,2% a mais para o mercado americano e 25,9% para a UE. As importações dos EUA cresceram 8,7% e da União Europeia 22,4%.
 

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