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Caminhoneiros do Porto de Santos definem nesta quinta se farão novo protesto

Fonte: A Tribuna On-line
 
Autoridade Portuária pediu prazo para que prefeituras programem vacinação da categoria
 
 
Os caminhoneiros autônomos do Porto de Santos se reúnem nesta quinta-feira (24) para definir se farão a segunda paralisação em menos de duas semanas. A categoria havia decidido cruzar os braços nesta quinta e sexta-feira (25), já que as negociações pela vacinação contra a covid-19 não avançaram. Porém, após um pedido de tempo da Autoridade Portuária de Santos (APS) o tema será discutido em assembleia.
 
No último dia 10, os caminhoneiros do cais santista pararam por 24 horas e fizeram protestos na Margem Direita (Santos) e também na Margem Esquerda (Guarujá). Depois, se reuniram na Prefeitura com representantes da APS e da administração municipal.
 
Lá, saíram com o compromisso do diretor-presidente da estatal, Fernando Biral, que, no dia seguinte, foi a Brasília pedir a vacinação da categoria. Porém, o prazo definido pelos caminhoneiros terminou às 17 horas desta quarta-feira (23), sem uma definição de quando poderão ser imunizados.
 
Diante da falta de uma definição, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista (Sindicam) informou as autoridades sobre os planos de paralisação. Porém, recebeu um pedido da estatal que administra o cais santista para postergar o movimento por 48 horas.
 
“Acredito que será concedido o prazo. Mas não se toma uma decisão dessa sozinho. Tem que ver o que todo mundo quer e o que a maioria decidir será feito”, afirmou o integrante da junta governativa do Sindicam, Alessandro Rodrigues.
 
Por outro lado, pessoas com mais de 42 anos já podem ser imunizadas em Santos, independentemente da atividade exercida. A mesma possibilidade tem os que tem mais 18 anos e sofrem com alguma comorbidade lista pelo Ministério da Saúde.
 
Já em Guarujá, município que abriga a Margem Esquerda do complexo marítimo, hoje é a vez dos que tem 45 e 46 anos. E amanhã, os residentes entre 43 e 44 anos.
 
Preocupação
 
A paralisação dos caminhoneiros por 48 horas é vista com preocupação por usuários do Porto de Santos. Para o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.
 
“Pode atrapalhar, por exemplo, na exportação, na entrega dos contêineres cheios para cumprir deadline dos terminais ou a retirada dos cheios. No caso da exportação, seria mais prejudicial porque, obviamente, existe o engajamento de carga, plano de carga e, se não cumprir o deadline está fora. Essa é uma grande preocupação nossa também”, afirmou o executivo do Sindamar.
 
Já o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) destacou que “apoia a vacinação para todos os brasileiros, e aposta na continuidade do diálogo entre a categoria e os órgãos responsáveis como melhor caminho para que uma solução seja encontrada”.
 
Em nota, o Ministério da Infraestrutura (MInfra) e a Santos Port Authority (SPA) reafirmam que jamais faltou resposta aos caminhoneiros portuários. Segundo os órgãos, no último dia 16, após reunião da categoria com representantes da SPA e das prefeituras de Santos e Guarujá, os sindicatos se comprometeram a formalizar uma lista com os nomes a serem imunizados. Material este que foi recebido até esta quarta-feira, consolidado e encaminhado às prefeituras, responsáveis pelo planejamento e programação da vacinação.
 
Segundo a nota, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos da Baixada Santista (Sindicam) já concordou em aguardar a programação por parte das prefeituras até sexta-feira (25).
 
O MInfra e a SPA informaram ainda que o grupo a ser contemplado na iniciativa reúne os trabalhadores entre 25 e 34 anos, num total de 439 pessoas distribuídas entre os municípios de Santos, Guarujá, Cubatão, São Vicente e Praia Grande. Isso corresponderia a pouco mais de 20% do total inicialmente previsto.
 
Por fim, as autoridades ressaltaram que as próprias lideranças sindicais reconheceram os esforços para atender ao pedido de vacinação da categoria. "Destaca-se ainda que a antecipação da imunização de trabalhadores essenciais para a logística de transportes do país foi sempre tratada como prioridade e iniciada em trabalhadores portuários e do transporte aéreo no final do mês de maio".
 

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