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Vacinação e reorganização logística melhoram perspectivas para comércio marítimo

Fonte: Portos e Navios
 
Agentes de grandes grupos disseram em evento internacional que grandes economias apresentam sinais de recuperação, o que deve se confirmar em 2022. Executivos destacaram adaptação da cadeia de suprimentos.
 
 
O avanço da vacinação pelo mundo e a reorganização logística durante a pandemia melhoraram as perspectivas para o comércio marítimo. Agentes de grandes grupos disseram em um congresso internacional que grandes economias apresentam sinais de recuperação, o que deve se confirmar em 2022. Os executivos destacaram a adaptação da cadeia de suprimentos no período, com fortalecimento das cadeias de distribuição, aproximação com clientes e desenvolvimento de tecnologias.
 
O presidente da CMA CGM, Rodolphe Saadé, disse que olhando o cenário atual o mundo caminha para uma situação econômica mais positiva. A avaliação é que o maior controle da pandemia em alguns países e o avanço da vacinação no ocidente contribuem para as projeções de crescimento. “A previsão para 2022 também é positiva”, comentou Saadé, nesta segunda-feira (21), durante painel no evento virtual World Ports Conference 2021, promovido pela International Association of Ports and Harbors (IAPH), IHS Markit e Porto de Antuérpia.
 
Ele destacou a transformação da economia norte-americana e a retomada da capacidade industrial na China. O executivo ponderou que o panorama da economia é de recuperação, com perspectiva de aquecimento da indústria, o que passa pelo desempenho da China no ano que vem. “A previsão é difícil, mas só é possível dizer se haverá normalização depois do ano novo chinês de 2022”, ressaltou.
 
Saadé considera que a digitalização tornou-se uma prática incorporada ao cotidiano e trouxe grande impacto à indústria. Ele deu como exemplo os clientes cada vez mais interessados no rastreamento da carga, o que exige a adoção de estratégias de acompanhamento em tempo real na cadeia de suprimentos, olhando navegação e logística simultaneamente e passo a passo.
 
O presidente do grupo CMA CGM observa que muitos casos de congestionamentos em portos da costa oeste norte-americana, da Europa e China afetaram a operação, porém chamou a atenção para a necessidade de mais coordenação entre portos e linhas de navegação, inclusive para melhor gerenciar os fluxos de contêineres.
 
O vice-presidente da China Merchants Port Group, Robin Li, disse que a avaliação dos impactos da pandemia é difícil neste momento porque existem situações distintas em diferentes países, o que prejudica projetar quando a cadeia de suprimentos global vencerá os atuais desafios e retornar a níveis próximos de antes da crise sanitária mundial.
 
Li acrescentou que o comércio internacional vivencia profundas mudanças, como o aumento exponencial das demandas de e-commerce. Ele mencionou que o crescimento considerável das compras online e o novo padrão de consumo forçaram a adaptação de serviços, com oferta de mais flexibilidade e mais agilidade aos clientes.
 
O presidente da Vancouver Fraser Port Authority, Robin Silvester, concordou que haverá um longo caminho até uma eventual normalização das atividades. Ele identifica o um dos focos da cadeia de suprimentos em ampliar a previsibilidade. Silvester citou as mudanças de industriais locais e transformações significativas na cadeia logística. O executivo acredita que houve uma revolução na atividade, que precisou aumentar a resiliência.
 
Silvester disse que houve fortalecimento da cadeia de suprimentos na América do Norte a fim de atender o que o negócio que precisa e oferecer novas soluções e aumentar a capacidade de suprimento, com melhor coordenação e colaboração, dando visibilidade para clientes. Ele também percebe mudança na configuração física e no gerenciamento da distribuição dos produtos dessa cadeia.
 
Vancouver e Toronto, no Canadá, tiveram que se adaptar à nova capacidade de estoque e entregas. Segundo o presidente da Vancouver Fraser Port Authority, foram criados novos pontos de distribuição nesse período. As mudanças no caminho da distribuição, destacou Silvester, também pediram a implementação de tecnologia em toda a cadeia de suprimentos.
 

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