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Investidores no Porto de Santos questionam projeto do STS11

Fonte: A Tribuna On-line
 
Terminal será implantado gradualmente na região do Paquetá
 
 
Com expectativa de movimentação de até 15,6 milhões de toneladas de grãos por ano, o STS 11, no Paquetá, deverá se tornar o maior terminal de granéis sólidos vegetais do Porto de Santos. No entanto, interessados em operar a área questionam a capacidade de recebimento de 70% da carga através dos trens, além da movimentação mínima exigida na instalação. Os investimentos são estimados em R$ 638,5 milhões. E o edital deve ser publicado no próximo trimestre. A implantação da instalação portuária foi discutida nesta terça-feira (1º), em uma audiência pública virtual. O evento, realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), faz parte do processo de consulta pública do STS11, que segue até o próximo dia 9.
 
A área tem 114.700 metros quadrados e contará com uma capacidade de armazenagem estática de 516,6 mil toneladas de grãos. O terreno será entregue em partes. Na primeira etapa, o arrendatário poderá operar os berços dos armazéns 13 e 14, além do Armazém 15. Na segunda fase, será disponibilizado o berço do Armazém 12A.
 
Segundo a Empresa de Planejamento Logístico (EPL), uma parcela de 70% das cargas deverá chegar ao STS11 através do modal ferroviário. E esta é uma das preocupações dos interessados em participar do leilão.
 
Isto porque o mercado considera alto o risco de os investimentos ferroviários no Porto demorarem ou não saírem do papel. Porém, o governo considera que a capacidade das linhas férreas será ampliada e que o planejamento é integrado, inclusive com a destinação um pátio ferroviário capaz de comportar um trem inteiro, de 120 vagões, no Valongo.
 
A chinesa Cofco opera no Armazém 12A e tem interesse em investir no STS11. Mas, para o diretor mundial da área de ativos da empresa, Marcelo de Andrade, o “papel aceita qualquer coisa no projeto, mas a realidade é totalmente diferente”.
 
O executivo considera “inviável” a movimentação exigida de 15,6 milhões de toneladas anuais. Ele destaca os riscos com a imprevisibilidade de safras, que podem sofrer com secas. Além disso, aponta as dificuldades enfrentadas para o transporte ferroviário, já que hoje não consegue transportar pelos trilhos o volume que poderia por indisponibilidade do serviço.
 
Investimentos
 
O levantamento de valores dos investimentos mínimos foi outro ponto destacado pelos participantes. Enquanto o governo estima R$ 638,5 milhões, a iniciativa privada estima que a cifra supera R$ 1 bilhão e aponta a alta no preço do aço e outros insumos.
 

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