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Fonte: Editorial Portogente

 

A importância do movimento e da distância reflete-se, como a linguagem, na comunicação.

 

A audiência pública sobre a ligação seca das margens do Porto de Santos, em Santos e Guarujá, promovida, nesta segunda-feira (31/5), pela deputada Rosana Valle, na Comissão de Viação e Transportes (CVT), na Câmara Federal, gera o debate político necessário para conscientizar autoridades e a sociedade do progresso advindo de um projeto dessa grandeza. Pleiteado há quase 100 anos, ele é parte imperiosa do programa de desestatização do Porto de Santos.

 

Trata-se de um projeto que aumenta a produtividade do porto e melhora a mobilidade entre as duas cidades. Submerso no canal de acesso ao porto, o túnel vai contribuir para um tráfego mais intenso e seguro de navios, que compartilham o canal com intenso movimento de balsas. No seu interior passarão pessoas, veículos pesados e de passeio e um veículo leve sobre trilho – VLT. O estudo de viabilidade econômica faz parte da reforma portuária.

 

Com o compromisso do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de construir o túnel, a deputada Rosana Valle tem realizado um trabalho intenso para viabilizar esse projeto. Por sua dimensão como projeto e infraestrutura do principal porto do Hemisfério Sul, esse túnel tem a importância da ponte Rio-Niterói como travessia. São as palavras do prefeito de Guarujá, o médico Valter Suman: “Uma obra que resolve a travessia do canal.”

 

Analisado sob a ótica do futuro, hoje o Porto de Santos está contido no seu presente. Pensar a sua necessária expansão para não perder a competitividade, o túnel se reveste de importância na alavancagem do progresso regional, integrando a infraestrutura do porto offshore, que deverá ser implantado no Guarujá. Uma das razões que fazem imperiosa a inclusão da sua construção no plano de investimento da privatização dos acessos ao Porto de Santos.

 

Por tudo isso e como uma economia regional, a Baixada Santista tem urgência desse túnel. Quando se discute intensamente a relação do porto com sua cidade, o túnel submerso do Porto de Santos avulta como agregador de sustentabilidade às múltiplas relações com as duas cidades portuárias às suas margens.