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Fonte: A Tribuna On-line   

 

O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, e Marcelo Queiroga, da Saúde, participam do evento

 

 

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, vacinou os primeiros trabalhadores do Porto de Santos na manhã desta quinta-feira (27), na sede da Autoridade Portuária de Santos (APS). Apenas 26 portuários - entre avulsos - funcionários de terminais e da estatal que administra o cais santista, serão imunizados. Os demais receberão as doses a partir da próxima terça-feira (1º). O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também participou do ato simbólico.

 

A vacina destinada aos portuários é a da AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A expectativa é de que sejam distribuídos lotes para a primeira dose de 100% dos portuários.

 

Porém, elas ainda não chegaram a Santos. As 28 pessoas vacinadas receberam imunizantes emprestados da Prefeitura de Santos.

 

De acordo com o Governo do Estado, 21 mil trabalhadores do Porto de Santos serão vacinados. Porém, o cronograma ainda não foi divulgado.

 

 

Nesta manhã, os primeiros vacinados foram oito avulsos vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), além de oito funcionários de terminais, selecionados pelo Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp). Outros 10 trabalhadores da APS também foram imunizados

 

Importância

 

O ministro da Saúde destacou a importância da atividade portuária. “No Porto de Santos, e em todos os portos dessa grande nação, vemos o binômio saúde e economia. Não há saúde sem economia”.

 

Já Freitas destacou os números do Porto e as expectativas de crescimento de movimentação e da economia. “Apesar de toda dificuldade, estamos caminhando e a economia real está aqui. Graças a esses profissionais que estavam precisando de amparo”.

 

O ministro da Infraestrutura também agradeceu pelo empenho dos trabalhadores durante a pandemia. “O dia de hoje é de esperança, de celebrar que dias melhores virão e o Brasil vai seguir em frente”.

 

Volume

 

Estimativas iniciais do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) apontam que, no Porto de Santos, cerca de 11 mil profissionais estejam aptos a serem imunizados.

 

A quantidade leva em conta os trabalhadores portuários avulsos vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), profissionais que atuam em terminais e em órgãos federais ligados à operação portuária. Todos têm menos de 60 anos e não sofrem de comorbidades.

 

Porém, o universo de portuários é muito maior. Ainda há outras categorias como agentes de navegação, despachantes aduaneiros ou funcionários terceirizados de terminais. A soma deve superar o número de doses anunciadas pelo Estado.

 

Mobilização

 

Os portuários que atuam no cais santista protestaram e ameaçam uma greve na próxima semana, caso não sejam vacinados rapidamente. O temor da categoria é de que uma nova variante da doença seja identificada em embarcações que chegam ao portos brasileiros, como aconteceu em um porto maranhense.

 

Na semana passada, um tripulante contaminado com a cepa indiana precisou ser desembarcado para atendimento médico em Itaqui (MA). Naquele estado e em Maceió (AL) os trabalhadores portuários já entraram na lista dos imunizados.