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Desestatização do porto ignora cenário dos terminais de uso privado

Fonte: Editorial Portogente

A crença prevalente é que, quanto melhor o desempenho de uma função específica, maior a eficiência do processo em geral.
 
A poligonal dos portos gerou um antagonismo entre os operadores que concorrem comercialmente entre si – arrendatários e tups - e, assim, gera insegurança comercial prejudicial à atratividade de investimentos. No emblemático estuário de Santos, dois terminais nas mesmas águas não têm isonomia de tratamento e fazem contribuições distintas ao Estado. Entretanto, isto parece ser ignorado no programa de desestatização do porto.
 
Pretender tirar o Estado do cenário mantendo um conflito intensificado pela judicialização é a pior situação para se construir um canteiro de obras necessárias. A milenar atividade portuária contempla muito mais detalhes e complexidades do que alcança o vão conhecimento. Entender essa multiplicidade de interesses só é possível através de um amplo diálogo com sua comunidade. Muito diferente de ouvir palpiteiros de ocasião.
 
A reforma dos portos é um processo político com embasamento técnico e a eleição de 2022 está nas ruas e na Internet. O que se percebe, entretanto, é uma mudança sendo construída, sem potência para destravar o processo de desenvolvimento do mais importante porto do Brasil. Só será possível dar rumo a essa situação com o comando direto do Minfra. Afinal, responsabilidade é indelegável.
 
Será o pior capítulo da história portuária nos últimos 50 anos ocorrer o fracasso da tão anunciada reforma, para colocar os desmontados portos brasileiros no patamar dos portos asiáticos. Vai refletir negativamente na produção e no comércio que passa pelo Porto de Santos. O fluxo num crescendo de investidores brasileiros em ativos internacionais é o eco da insegurança que não pode ser piorada nos portos.
 
Muito além da crítica fundamentada, Portogente abriu espaço para o Engº Carlos Eduardo B. Magano propor a solução ideal para o Porto de Santos. O desafio que temos no momento é a falta de acesso aos investimentos, que devem ser focados na exclusiva solução desses problemas.
 

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