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Santos reforça ação à nova cepa na Rodoviária e fica de prontidão no porto

Fonte: Boqnews
 
Em razão da nova cepa, mudanças já foram implementadas na chegada de passageiros pela rodoviária. No cais, alerta para a o risco da chegada da cepa indiana, mais agressiva.


 
A chegada da cepa indiana do coronavírus, mais agressiva, no Brasil, inicialmente identificada ou sob suspeita nos estados do Maranhão, Pará e Ceará, além do Rio, coloca em alerta as autoridades sanitárias do País e também da Baixada Santista, polo de entrada e saída de pessoas.
 
Em Santos, que abriga o maior porto da América Latina, o sinal de prontidão está ligado.
 
Por enquanto, não há qualquer registro da chegada da nova cepa pelo cais santista, mas as autoridades sabem que isso será uma questão de tempo.
 
Aliás, bem curto.
 
Quanto ao Porto, de acesso federal, a Secretaria de Saúde ainda não foi comunicada nem pela Anvisa – Agência de Vigilância Sanitária – nem pela Autoridade Portuária sob qualquer eventualidade.
 
A primeira identificação da cepa indiana chegou ao Brasil pelo porto de Itaqui, no Maranhão, com a chegada de uma embarcação com tripulantes indianos infectados.
 
Por sua vez, outro polo de acesso e circulação de pessoas, a Rodoviária, ganhou reforço nas ações de prevenção.
 
Nesse sentido, a Prefeitura já reforçou as ações de prevenção ao vírus na Rodoviária de Santos.
 
Isso inclui a aferição da temperatura corporal também dos passageiros que desembarcarem dos ônibus, com atenção especial aos veículos provenientes de outros estados.
 
A medida começou na tarde desta terça-feira (25).
 
A operação ocorrerá de forma ininterrupta, garante a Prefeitura, por meio de nota, e  contará com o efetivo das empresas transportadoras.
 
Os agentes da CET-Santos acompanharão o cumprimento da medida.
 
Chegada
 
A aferição já é feita em todos os passageiros que fazem o embarque no terminal santista, onde são executadas  ações preventivas, entre elas a desinfecção dos veículos.
 
Agora, os que chegam também terão a temperatura aferida.
 
No momento, o Município não prevê a realização de barreiras sanitárias.
 
Mas os bloqueios sanitários nos acessos à Cidade, que visam coibir o turismo de um dia na Cidade, continuam aos finais de semana e feriados.
 
Porto
 
Já em relação ao porto, de alçada federal, a Prefeitura vem mantendo contato com a Autoridade Portuária (SPA).
 
Nesta segunda-feira (24), foi realizada reunião sobre o tema, com a participação das secretarias municipais de Saúde e de Assuntos Portuários e Desenvolvimento da Região Central.
 
Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou normas relativas a aeroportos e portos.
 
Em Santos, toda a faixa portuária é área federal, cujo controle epidemiológico é de responsabilidade da própria Anvisa e da SPA.
 
Assim, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanha e presta apoio às ações no Porto quando solicitado pela Anvisa e/ou SPA, o que não ocorreu até o momento.
 
O Município também mantém contato constante com o Governo do Estado com o objetivo de alinhar as ações de combate ao vírus.
 
Anvisa
 
Em nota, a Anvisa informou que as ações adotadas em portos, aeroportos e passagens terrestres de fronteiras (pontos de entrada) consideram o contexto epidemiológico e sanitário global e do País.
 
“Foram adotadas medidas como aumento da sensibilidade para detecção de casos do novo coronavírus; reforço das orientações para notificação imediata de casos suspeitos nos pontos de entrada; Intensificação dos procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e recomendações acerca da restrição excepcional e temporária de estrangeiros no país.
 
Portanto, todas disponíveis, publicamente, no Portal da Anvisa.
 
Além disso, os profissionais atuantes nos pontos de entrada promoveram, de forma coordenada, em conformidade aos Planos de Contingências locais, em parceria com estados e municípios, a sensibilização das equipes de vigilância e de postos médicos dos portos, aeroportos e passagens de fronteiras para detecção de casos suspeitos.
 
Dessa forma, os Planos de Contingência dos pontos de entrada designados pelo Brasil foram atualizados considerando o fluxo de comunicação, organização técnica, operacional e logística com os comitês portuários e aeroportuários, para a divulgação das medidas sanitárias junto as empresas transportadoras de viajantes e cargas e com as comunidades portuárias e aeroportuárias.
 
Tais planos são construídos de acordo com a realidade local”.
 
Medidas
 
“Dentre as ações e atividades realizadas foram elaboradas e atualizadas notas técnicas informativas sobre as medidas sanitárias adotadas frente aos casos do novo coronavírus, fluxo de comunicação para o repatriação de brasileiros no contexto da pandemia, elaboração de protocolos específicos sobre detecção e atendimento de casos suspeitos da doença.
 
E ainda: quarentena de embarcação com caso suspeito ou confirmado a bordo, procedimentos para embarque e desembarque de tripulantes, quarentena de viajantes (tripulantes e passageiros) realizada em hotéis, acompanhamento dos registros de notificação dos eventos de saúde pelas Coordenações de Vigilância Sanitária em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa.
 
Assim, “nos portos, o deslocamento internacional de embarcações para o Brasil está restrito ao trânsito de cargas, no qual o número de tripulantes é bastante reduzido, não sendo permitida a circulação desses tripulantes nos portos e nas cidades brasileiras, à exceção de desembarque para retorno ao país de origem ou atendimento de emergência de saúde, sob monitoramento da autoridade sanitária (Anvisa)”.
 
Dessa forma, “não está permitida a circulação de navios de cruzeiros no Brasil, devido às características inerentes às suas atividades, as quais representam um ambiente propício à disseminação do vírus, em razão, principalmente, do confinamento, do elevado número de pessoas a bordo desse tipo de embarcação, do tempo da viagem e por não se tratar de viagem de caráter essencial ou emergencial”.
 
Apesar dos pedidos, nenhum representante da Anvisa concedeu entrevista para falar sobre o tema.
 

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