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Ministério estuda antecipar vacinação de trabalhadores portuários

Fonte: A Tribuna On-line
 
Enquanto isso, Sindicato dos Operadores Portuários apura quantas doses serão necessárias para a categoria
 
 
Após pedido do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se comprometeu a avaliar a antecipação da vacinação dos portuários contra a covid-19. Em paralelo, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) está fazendo um levantamento de quantos trabalhadores do Porto de Santos devem ser imunizados. O número foi inicialmente estimado em 8 mil.
 
“É uma demanda justa que nós devemos avaliar pelo ponto de vista técnico. O portuário já está contemplado no PNI (Plano Nacional de Imunização), mas essa necessidade de atender, sobretudo porque temos hoje esse contexto de eventuais variantes do vírus que podem estar em outros países, que justificam essa discussão técnica para tentar antecipar a vacina dos portuários. Aqui é um compromisso que nós assumimos com o senhor e os portuários para ter essa demanda resolvida o mais rápido possível”, afirmou Queiroga.
 
Já Freitas apontou que os portuários são responsáveis pela balança comercial, por exportar commodities e, de certa forma, por segurar a economia. Além disso, destacou a importância da imunização desses profissionais para uma barreira de proteção a essas novas variantes.
 
“Eles estão sem dúvida nenhuma mais expostos a outras cepas que chegam nas embarcações, por meio das tripulações e a gente precisa olhar para essas pessoas”, afirmou o ministro. “Eles já são do grupo prioritário, mas a ideia é antecipar e esse esforço vai ser pelo Ministério da Saúde”.
 
Na região
 
Em janeiro, profissionais da área de transporte – como os portuários, aquaviários e caminhoneiros – foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação pelo Ministério da Saúde. Em todo o País, a pasta estima que 111.397 pessoas atuem em portos. Já os envolvidos na navegação são 41.515.
 
Na região, o número de profissionais envolvidos na atividade é grande e leva em conta moradores de várias cidades. No entanto, uma parcela desses portuários já pode ter sido imunizada por estarem em outros grupos prioritários. Entre eles, estão pessoas com mais de 50 anos e com comorbidades, como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas.
 
Segundo o Sopesp, entre avulsos ligados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), são 2 mil trabalhadores com menos de 60 anos. Já entre os vinculados a terminais e funcionários da Autoridade Portuária de Santos, são estimados 20 mil portuários.
 
Segundo o presidente da entidade, Regis Prunzel, o Sopesp está realizando um levantamento para verificar quantos desses já foram imunizados. “Entre os avulsos, um terço dos ativos têm mais de 60 anos. No caso dos vinculados, a proporção é diferente”.
 
Além disso, também são estimados cerca de 350 servidores de órgãos públicos envolvidos na atividade portuária também deverão ser imunizados. Entre eles, estão funcionários da Receita Federal, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 
“É uma engrenagem, cada órgão tem suas responsabilidades, mas todos são importantes para o trabalho no Porto. Nós não podemos pedir um número (de vacinas) e sobrar. Isso não é o que a gente quer. Por isso, estamos levantando esses dados”, destacou Prunzel.
 
Cronograma
 
De acordo com o Ministério da Saúde, quando for iniciada a imunização, ela também será feita de acordo com as faixas etárias. Os portuários mais velhos, entre 50 e 59 anos, serão vacinados primeiro. Depois, os de 40 a 49 anos, seguidos pelos de 30 a 39 anos e, posteriormente, os de 18 a 29 anos.
 

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