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A reforma portuária a partir do Porto de Santos

Fonte: Editorial Portogente
 
Convém não desprezar os fumus portuários irradiados de São Francisco do Sul, Santa Catarina, opondo-se ao programa de desestatização dos portos brasileiros. Eles fazem eco em muitas manifestações de segmentos representativos em relação aos portos do Espírito Santo. E o Porto de São Sebastião (SP), apartado do processo de desestatização do de Santos, expõe um programa hesitante. Isto tudo causa incertezas.
 
Da forma que os portos nacionais operam, eles estão distantes dos patamares desejáveis para serem competitivos globalmente. São conduzidos sob a direção de gestões sem alinhamento com o negócio do porto e desalinhadas com as regras do mercado. Politicamente, a conjuntura é conflituosa e não favorece a reforma portuária. Essa situação prejudica o comércio, o mercado de trabalho e o desenvolvimento. A mudança precisa nascer na comunidade do porto.
 
O Porto de Santos deve liderar essa reforma por sua complexidade e característica operacional robustas, bem como, por haver proposta e competência instaladas na sua comunidade para realizar um processo exitoso. Um movimento para desestatizar as funções operacionais e atribuir à comunidade portuária as funções normativas e a arbitragem das questões comerciais. Sem perda de tempo, pois a nova logística do Brasil facilita acesso a novos entrantes, principalmente no granel.
 
Para tornar ágil o ineficiente modelo estatal, em três pilares, restabelecer o papel do Conselho de Autoridade Portuária – CAP, privatizar a manutenção dos acessos ao porto e criar a função de agência de desenvolvimento regional. Um processo de modernização focado na particularidade do porto e limitando as ações governamentais às macros políticas. O resultado aponta para a produtividade e mais governança, com mais competitividade.
 
Por tudo isso, é preciso sair para construir. Continuar como está é o pior resultado. Visto que, perdem o porto, a sua comunidade e o Brasil. Bem diferente de ser impossível, trata-se de um projeto factível para potencializar a competitividade do porto e dar eficácia às ações do Estado, juntos, na geração do progresso.
 

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