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Tecnologia reduzirá custos portuários em 10 por cento

Fonte: A Tribuna On-line
 
Projeção consta do Plano Nacional de Logística (2020-2035), tema de webinário realizado pelo Ministério da Infraestrutu


 
Os complexos portuários brasileiros vão receber até R$ 21,7 bilhões em investimentos até 2035. Além disso, os custos portuários devem cair em 10% a partir de investimentos em tecnologia nos portos organizados. Esses dados integram o Plano Nacional de Logística - PNL (2020-2035), que está aberto para consulta pública até o próximo dia 30.
 
Nesta terça-feira (20), parte dos dados foi apresentada em um webinar promovido pelo Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL, controlada pela pasta). Os estudos, que devem ser totalmente apresentados em julho, destacam as projeções de movimentação de carga a partir das análises de origens e de destino, além dos diversos cenários previstos para a economia nos próximos anos.
 
Esses levantamentos também incluem projetos que devem ser executados em parceria com a iniciativa privada e os que devem ser viabilizados com recursos públicos. “É um plano denso, multimodal e uma excelente ferramenta de trabalho, norteadora da elaboração da política pública de transportes e dos próximos orçamentos da União”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
 
Segundo o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Logístico da EPL, Leandro Silva, os portos vão receber investimentos em tecnologia, que serão fundamentais para o aumento da produtividade e a redução de custos. A estimativa é de que a movimentação de cargas nos complexos portuários da região Sudeste cresça em torno de 25%, enquanto a do Nordeste avance cerca de 90% até 2035.
 
“Os portos estão cada vez investindo mais na eficiência, em tecnologia, como internet das coisas, Bigdata, aprendizagem de máquinas. E tudo isso faz com que o porto melhore a gestão e consiga rever demandas esporádicas, a demanda de qualquer um dos elementos de funcionamento, seja armazenamento, operação ou embarque. O aumento da eficiência causado por tecnologia tende a gerar redução de custos”, afirmou o executivo da EPL.
 
A diferença está relacionada à consolidação dos portos. Santos, por exemplo, já concentra boa parte da movimentação. Já os complexos nordestinos tendem a modernizar suas operações e ampliá-las, a partir do aumento da cabotagem e da utilização do transporte ferroviário.
 
Com relação às ferrovias, os investimentos devem somar R$ 106,9 bilhões até 2035. Segundo Silva, as operações ferroviárias, de cabotagem e hidroviárias, juntas, podem representar acima de 45% da divisão modal brasileira nos próximos 14 anos.
 
“O modal ferroviário tem crescimento significativo, mesmo no cenário menos favorável, acima de 109% acumulado de 2020 até 2035, podendo chegar a 134%. A cabotagem deve crescer de 42% a 71% até 2035. Quando a gente considera o cenário da BR do Mar, verificou-se que isso tende a causar uma redução de custos do transporte de cabotagem de 15% em relação ao custo operacional atual”, afirmou o gerente da EPL.
 
Consulta
 
De acordo com o presidente da EPL, Arthur Luis Pinho de Lima, o PNL inclui uma análise detalhada do setor de transportes para detectar entraves e demandas de melhorias. “Esse plano permite identificar as necessidades e oportunidades para o desenvolvimento de uma rede de infraestrutura, de forma a incentivar a redução de custos, aumentar a acessibilidade de transportes e melhorar o nível de serviço para os usuários”. O PNL está disponível para consulta pública neste site (clique aqui) até o final deste mês.
 

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